Ministra quer Alto Minho a concorrer a agendas mobilizadoras territoriais

 A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, lançou, hoje, em Ponte de Lima um repto às empresas, associações empresariais e autarquias do distrito de Viana do Castelo a concorrerem às agendas mobilizadoras territoriais.

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Lusa
10/10/2022 21:48 ‧ 10/10/2022 por Lusa

Economia

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"O Alto Minho para que se mobilize para começar a preparar para uma agenda mobilizadora territorial", apelou a governante, num "repto" que se estende a todas as regiões do país ao abrigo dos programas regionais 2030, que se aplicam-se, explicou a, "sobretudo a projetos de cooperação com base no território".

"Pode ser no território da Comunidade Intermunicipal (CIM) que associem projetos públicos e privados, mas sobretudo, projetos que façam sentido para uma determinada estratégia", explicou aos jornalistas no final da sessão de encerramento do projeto Alto Minho 4.0, promovido pela Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL).

Segundo o relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2023, estão contemplados cerca de sete mil milhões de euros de investimento em 52 Agendas Mobilizadoras com intervenção em territórios do Interior (das 64 totais), focadas no desenvolvimento, diversificação e especialização e cadeias de valor nacionais, prosseguindo metas objetivas ao nível das exportações, emprego qualificado e investimento em I&D.

"Vamos imaginar que a ideia é desenvolver um determinado setor e que para desenvolver e internacionalizar esse setor, temos de fazer projetos públicos, nomeadamente de zonas industriais, temos de promover parcerias entre a academia e as empresas e, temos de envolver as associações empresariais. Essas agendas mobilizadoras territoriais são estratégias de eficiência coletiva com base num território, que envolvem públicos e privados", explicou na sede da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, em Ponte de Lima.

Segundo a governante, "a ideia é envolver os atores relevantes para a estratégia que for definida e que, no âmbito dessa estratégia, os municípios, as CIM, a academia, as empresas, as associações empresariais, as Instituições Particulares de Solidariedade social (IPSS), se for o caso, possam ter uma agenda mobilizadora territorial, por exemplo, numa área social".

De acordo com Ana Abrunhosa, "está previsto que sejam as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) a trabalhar com o território na definição das agendas mobilizadoras e, nos vários instrumentos de apoio que podem ser mobilizados para que essas estratégias deem corpo às agendas mobilizadoras territoriais".

Ana Abrunhosa explicou que essas agendas mobilizadoras podem ser desenvolvidas "no território da Comunidade Intermunicipal, associando projetos públicos e privados, mas sobretudo, projetos que façam sentido para uma determinada estratégia".

Apontou como exemplo o projeto Alto Minho 4.0 Promovido pela CEVAL, com o "objetivo alavancar a competitividade da região do Alto Minho, estimulando o tecido empresarial a adotar ferramentas da Indústria 4.0".

"Temos de promover parcerias entre a academia e as empresas, temos de envolver as associações empresariais, como vimos hoje aqui, a CEVAL.  A importância que este projeto que hoje encerrámos teve na capacitação das empresas. Ouvimos de viva-voz os empresários a dizerem que foi complicado porque tiveram de dedicar mais tempo ao projeto, além do dia-a-dia do nosso trabalho. Mas valeu a pena, porque hoje conseguem monitorizar o processo de produção em tempo real, conseguem fazer o que não faziam no passado".

Para a governante, as agendas mobilizadoras territoriais "são estratégias de eficiência coletiva, com base num território, que envolvem públicos e privados".

A ideia é envolver os atores relevantes para a estratégia que for definida.

O projeto Alto Minho 4.0 foi aprovado em 2019, com um custo total elegível de 733.088,23 euros e um apoio financeiro da União Europeia, através do FEDER de 405.031,25 euros.

Foi apresentado publicamente, em janeiro 2020, e destinado a reforçar a produtividade e competitividade das empresas, possibilitando a adoção de diferentes ferramentas digitais para dar resposta a um novo paradigma da indústria nacional.

No projeto, com intervenções nas áreas de controlo de gestão, otimização e qualidade, avaliação de desempenho, certificação e 'software', participaram 12 empresas, de sete setores de atividade, 326 funcionários, num investimento de 560 mil euros.

O projeto realizou 15 'webinares' sobre tecnologias de transformação digita, estratégias de 'marketing', modelação de negócios, métodos organizacionais e de avaliação de desempenho, business intelegence/analytics, entre outros temas, que contaram mais de 600 participantes.

Os resultados do projeto, hoje apresentados, apontam para "melhorias em termos de organização estrutural e orgânica, mais tempo para a definição de estratégia, acompanhamento da estratégia com indicadores, profissionalização e responsabilização dos recursos humanos, qualificação dos recursos humanos, gestão de competências, mais resultados decorrentes do questionário de satisfação, facilidade no acesso à informação e, apoio à tomada de decisão.

A CEVAL, com sede em Viana do Castelo, representa cerca de 5.000 empresas do Alto Minho que empregam mais de 19.000 trabalhadores.

Leia Também: Redução de portagens e transportes na revisão do Trabalhar no Interior

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