Desta forma, lê-se na declaração final, pretende-se garantir "mais-valias para gerações vindouras, através da conservação, divulgação e gestão dos valores ambientais e socioeconómicos dos ecossistemas dos territórios de fronteira".
O fórum decorreu nas instalações do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia e na Universidade do Minho, em Braga, com reuniões de trabalho das delegações parlamentares.
Ainda sobre o tema da água, os deputados assinalaram como "fundamental avançar no armazenamento energético através de bombeamentos reversíveis, modernizando as existentes, adaptando as infraestruturas hídricas para um melhor e maior uso sustentável da água", refere o documento.
A questão da mobilidade está também no centro das preocupações dos deputados ibéricos, lendo-se na declaração final que consideram também "fundamental avançar nas conexões ferroviárias, modernizando as infraestruturas existentes e construindo algumas novas, como a linha Vigo-Porto, Salamanca Aveiro na convicção recíproca de que unir Lisboa e Madrid continua a ser uma prioridade".
As comitivas lideradas pelo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e pela presidente do Congresso de Deputados de Espanha, Meritxell Batet Lamaña, advogam o "aprofundamento das interligações energéticas para produção, armazenamento, transporte e consumo de energias de fonte renovável, como a energia eólica, hidráulica, solar e o hidrogénio verde, fundamentais para a prossecução do objetivo comum de descarbonização da economia, a gestão de energias renováveis, potenciando o Centro Ibérico de Investigação e Armazenamento de Energia", continua o documento.
Ainda sobre o tema da energia, os deputados ibéricos comprometem-se a defender um maior impulso ao corredor de hidrogénio transfronteiriço e impulsionar a sua inclusão como PIC, identificado no Plano REPowerEU.
"Os Deputados comprometem-se na defesa de um maior impulso em matéria de interligações energéticas, acelerando o ritmo dos trabalhos em curso para a consolidação do mercado europeu da energia, a uniformidade e harmonia legislativa e tributária entre os dois países em matéria de desenvolvimento de energia, reconhecendo que se trata de uma questão-chave para uma verdadeira integração europeia", acrescenta a declaração final.
No capítulo da relação militar defendem o desenvolvimento de uma "cooperação bilateral que contribua também para melhorar a segurança e defesa regional e favoreça a ação na Aliança Atlântica, na União Europeia, nas Nações Unidas, na Iniciativa de Defesa 5+5 ou nas coligações internacionais que ambos os países integram", lê-se ainda.
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