Às 14:15 (hora de Lisboa), os juros da dívida britânica a 30 anos desciam para 3,94% e os da dívida a 10 anos recuavam para 3,86%.
A libra, que disparou no momento em que foi anunciada a demissão de Truss, abrandava pouco depois, mas registava uma valorização de 0,45% e negociava a 1,1268 dólares.
Em finais de setembro, quando foram anunciadas as medidas orçamentais propostas pelo anterior ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, incluindo um corte nos impostos, a libra caiu para um mínimo histórico face ao dólar, ao negociar a 1,0350 dólares.
Essas medidas, que suscitaram dúvidas quanto à sustentabilidade das contas públicas britânicas, causaram pânico nos mercados, com os juros da dívida soberana a subirem e a libra a cair.
"Apesar de a demissão de Liz Truss (...) deixar o Reino Unido sem liderança durante um período em que enfrenta grandes desafios económicos, fiscais e financeiros, os mercados parecem aliviados", considerou Paul Dales, da Capital Economics, citado pela AFP.
"Os investidores aplaudem a saída de Truss e a perspetiva de [haver] um líder mais experiente no plano económico e mais favorável ao mercado", segundo Victoria Scholar, da Interactive Investor.
Os analistas lembram que a economia britânica permanece frágil, que o nível da inflação é o mais elevado em 40 anos, mais de 10% e que a atividade económica é mais lenta.
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