O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, disse esta quinta-feira que as medidas de poupança de energia recomendadas pelo Governo no âmbito de um plano nacional têm sido "aceites" pelos vários setores e estão a produzir resultados.
"Temos estado a adotar medidas de várias dimensões. Por um lado temos estado a acelerar a produção de energia renovável, tudo o que significa solar e, com isso, acrescentar capacidade ao sistema. Por outro lado, temos procurado adotar medidas de poupança de energia, aprovámos um plano nacional de poupança de energia para os próximos dois anos, com medidas para vários setores económicos que têm sido aceites e produzido resultados. Estamos a reduzir o nosso consumo de gás, comparando com o ano passado, nos setores não convencionais", disse Duarte Cordeiro, em declarações transmitidas pela CNN Portugal, em Lisboa.
O ministro do Ambiente reiterou que tem sido feito um trabalho de "diversificação de fornecedores", apesar de já ter garantido que não há escassez de gás no mercado.
No final de setembro, recorde-se, foi publicado em Diário da República o despacho que procedeu à definição de "medidas preventivas" na área energética que permitam responder à situação atual e a eventuais disrupções futuras. Entre elas está um plano de poupança de energia, que contém "maioritariamente recomendações", mas será monitorizado e pode evoluir para medidas obrigatórias.
Questionado sobre o relatório da Relatório de Monitorização da Segurança de Abastecimento (RMSA), da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), que aponta para o risco de o sistema, já em 2023, não ter capacidade de resposta para toda a procura, o governante desdramatizou:
"Importa contextualizar esse documento e os cenários extremos", disse o ministro do Ambiente, acrescentando que "esse cenário é muito difícil de acontecer".
Leia Também: Governo garante que interconexões elétricas continuam previstas
