Mais de metade das moedas em Portugal em 2021 tinham face estrangeira

O peso da moeda de face estrangeira em circulação em Portugal era em 2021 de 70% nas moedas de dois euros a 10 cêntimos e de 50% nas denominações de cinco a um cêntimos, informou hoje o BdP.

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Lusa
31/10/2022 13:14 ‧ 31/10/2022 por Lusa

Economia

BdP

Segundo a edição anual do 'Boletim Notas e Moedas' do Banco de Portugal (BdP), hoje divulgada, "estima-se que, nas denominações de dois euros a 10 cêntimos, o peso da moeda de face estrangeira tenha representado, em 2021, 70% do total, o que correspondeu a um crescimento de 1,3 pontos percentuais em relação ao ano anterior".

"As moedas de face estrangeira com maior expressão na circulação nacional correspondem a moedas dos países da área do euro, de onde provém a maioria dos turistas que visitam Portugal, ou seja, moedas de face espanhola (22%), alemã (14%), francesa (13%) e italiana (7%)", detalha o banco central.

Já relativamente às moedas de cinco a um cêntimos, a análise do BdP permite também concluir que "o peso da moeda de face estrangeira na circulação tem crescido: passou de 19% em 2013 para 50% em 2021, destacando-se, nas faces não nacionais, a irlandesa (18%), a espanhola (13%) e a francesa (8%)".

De acordo com o BdP, "o aumento do peso da moeda de face estrangeira nos últimos anos pode ser justificado, em parte, pela receção, em 2017, de 272 milhões de moedas de dois e um cêntimos do Banco Central da Irlanda, as quais têm sido, desde então, colocadas em circulação pelo Banco de Portugal".

Por outro lado, "ainda não é notório o efeito da receção, em 2020, de 130 milhões de moedas de um e dois cêntimos do Tesouro da Bélgica, já que apenas uma pequena parte dessas moedas foi colocada em circulação".

Desde 2004 que o Banco de Portugal analisa, através de amostragem, a origem das moedas que circulam em Portugal.

Em 2021, a amostra correspondeu a 19.201 moedas entregues pelo público em quatro tesourarias do Banco de Portugal, em Lisboa, Porto, Évora e Viseu.

Leia Também: PIB acelera 2,1% na zona euro e 2,4% na UE no 3.º trimestre face homólogo

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