Estes resultados devem-se a mais-valias geradas pela venda em abril de 51% do seu negócio de mobilidade elétrica à italiana Enel, que controla a Endesa.
Sem ter em consideração estes ganhos extraordinários, o lucro da Endesa, que também está no mercado português, aumentou 0,7% nos primeiros trimestres do ano, segundo informação comunicada hoje pela empresa à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) de Espanha.
A Endesa atribui este crescimento inferior a 1% ao aumento de custos com amortizações e deteriorações, a mais impostos e a juros pelo crescimento da dívida para responder a exigências de garantias financeiras.
A empresa destaca que o contexto do mercado é mais complexo e volátil do que no primeiro semestre do ano, apesar de afirmar que a aplicação do designado mecanismo ibérico em Portugal e Espanha, que colocou um teto ao preço do gás usado para produzir energia, permitiu controlar os preços da eletricidade no mercado grossista, comparando com a Alemanha, França, Itália e Reino unido.
As receitas da Endesa entre janeiro e setembro cresceram 72,6%, para 24.620 milhões de euros, mas ainda assim o aumento foi inferior ao do dos custos de exploração, que se situaram nos 22.232 milhões de euros, mais 80,4% do que no mesmo período de 2021.
Os resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) foram de 3.710 milhões de euros, um aumento de 18,8%, e sem o efeito da operação com a Enel o aumento foi 11,2% (3.472 milhões de euros).
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