Fernando Medina falou aos jornalistas no âmbito da reunião do Ecofin, esta terça-feira, em Bruxelas, asseverando que o objetivo conjunto é diminuir a inflação, bem como evitar o "abrandamento das economias no centro e no leste da Europa".
Questionado sobre as regras do défice e da dívida, que regressarão em 2024, comunicação que a União Europeia (UE) fará amanhã, Medina assinala que "Portugal, mesmo quando as regras não estiveram em vigor - e não o estiveram no último ano -, cumpriu integralmente essas regras e ultrapassou aquilo a que estaria estritamente obrigado a fazer".
O ministro frisou ainda a "estratégia" da redução da dívida pública e espera que estas novas regras sejam "realistas no sentido em que permitam ser adequadas face à realidade económica" de cada estado.
A Comissão Europeia apresenta, na quarta-feira, diretrizes sobre o futuro da governação económica da União Europeia (UE), esperando-se regras orçamentais que prevejam investimentos, mas com regresso às apertadas metas de redução das dívidas públicas, elevadas devido à pandemia
O pacote de apoio à Ucrânia também foi tema nestes dois dias, revela, falando em 18 mil milhões de euros para 2023 "que cobre as necessidades financeiras do país por um ano". Para Medina, esta é uma proposta "forte e equilibrada do ponto de vista dos encargos que cada estado terá de suportar".
A natureza estrutural desde financiamento ainda não está definida. Ainda segundo Medina, a Hungria "manifestou reservas" quanto a este pacote que será apresentado amanhã.
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