Trabalhadores da Amazon fizeram greve em dia de Black Friday

No dia de Black Friday, um dos mais 'ocupados' do ano para os trabalhadores da plataforma de vendas Amazon, trabalhadores na Alemanha e na França aderiram a uma greve mundial.

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Notícias ao Minuto
25/11/2022 23:30 ‧ 25/11/2022 por Notícias ao Minuto

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Alguns trabalhadores da Amazon na Alemanha e na França pousaram as suas ferramentas nesta sexta-feira, dia de Black Friday, no âmbito de um movimento mundial de protesto da loja de retalho online, exigindo melhores salários. O dia escolhido para a greve não é um acaso: afinal, o Black Friday é, tradicionalmente, um dos dias de compras mais movimentados do ano.

A iniciativa 'Make Amazon Pay' (Fazer a Amazon Pagar, em inglês), responsável pela convocatória destas greves, disse que ações industriais estão previstas em mais de 30 países, incluindo os Estados Unidos.

Na Alemanha, registaram-se manifestações em nove dos 20 armazéns da Amazon no país, embora na manhã de sexta-feira, segundo a Reuters, a empresa disse que a grande maioria dos seus funcionários no país estava a trabalhar normalmente.

"Como empregadora, a Amazon oferece ótimos salários, benefícios e oportunidades de desenvolvimento - tudo num ambiente de trabalho atraente e seguro", disse um porta-voz da Amazon na Alemanha em comunicado. Entre outras coisas, apontou para um aumento salarial para os funcionários de logística da Amazon na Alemanha a partir de setembro, com o salário inicial agora fixado nos 13 euros por hora ou mais.

Por sua vez, na França, e ainda segundo a mesma agência de notícias, os sindicatos SUD e CGT convocaram uma greve nos oito armazéns da Amazon do país, mas a filial francesa disse não haver sinais de interrupção nas operações. Dois dirigentes sindicais franceses disseram que não esperavam uma grande adesão à greve, porque o aumento do custo de vida levou os funcionários a fazer horas extras.

Despedimentos no horizonte

A greve internacional dos trabalhadores da Amazon acontece numa altura em que arrancou um despedimento coletivo na empresa, que prevê dispensar cerca de 10 mil trabalhadores.

Numa comunicação interna da empresa, à qual teve acesso a CNBC, refere-se que a redução de pessoal foi "a decisão mais difícil" que tomou nos últimos anos. "Não me escapa a mim, nem a nenhum dos líderes que tomam estas decisões, que não são apenas postos de trabalho que estamos a eliminar, mas sim pessoas com emoções, ambições e responsabilidades, cujas vidas serão afetadas", frisou.

Os despedimentos devem continuar até 2023 e a empresa encontra-se a meio do seu processo de planificação operativa anual.

Leia Também: Despedimentos na Amazon vão continuar até ao próximo ano

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