"Todos reconhecemos a importância do investimento público e financiado por fundos europeus no momento que o país vive e num momento em que outras dimensões da economia em muitos países estão a abrandar. Em Portugal isso não tem acontecido, mas nós temos plena consciência da importância da execução dos fundos e estamos a trabalhar para ela", afirmou Mariana Vieira da Silva.
À margem de uma visita à residência de estudantes da Carvalhosa, da Universidade do Porto, que está a ser construída com fundos do PRR, a ministra da Presidência salientou que o objetivo deste instrumento financeiro é a "transformação da sociedade" em áreas onde foram identificados problemas, de como é exemplo o alojamento estudantil.
"A nossa maior preocupação é passar a ter residências universitárias e passar a ter um maior número de camas para os estudantes do Ensino Superior para procurarmos garantir que continuamos o caminho que o país tem feito de reforço do número de alunos", observou.
Questionada pelos jornalistas se a execução do PRR estava ou poderia vir a sofrer atrasos, Mariana Vieira da Silva garantiu que o "conjunto de compromissos" está a ser concretizado ao "ritmo normal que estava previsto".
"Temos em Portugal uma tradição de plena utilização dos fundos europeus e não temos nenhum sinal que não seja assim. É evidente que vivemos num momento que é difícil, as instituições europeias também reconhecem a necessidade de ter de fazer algumas adaptações de calendário, agora, no cumprimento geral dos fundos esta é uma das muitas evidências de que os trabalhos estão em curso", acrescentou a ministra.
Também questionada sobre a segunda tranche de verbas do PRR, Mariana Vieira da Silva adiantou que a mesma está a ser analisada pela Comissão Europeia e que a expectativa do Governo é ter, "ao longo deste ano", a aprovação do pedido.
"Quando Portugal submete o seu segundo pedido é porque tem a convicção que cumpriu todas as suas metas e agora é o tempo que essa análise se possa desenrolar. Há um acompanhamento muito próximo da Comissão Europeia destes projetos em múltiplas reuniões e visitas e é isso que tem estado a acontecer. A nossa expectativa é que ao longo deste ano tenhamos o sinal de aprovação deste segundo pedido", acrescentou.
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