Bernardo Ivo Cruz, que, esta sexta-feira, encerra uma visita de três dias ao Reino Unido, disse à agência Lusa que o Fórum terá lugar no primeiro semestre de 2023 em território britânico, retomando um evento que foi interrompido pela pandemia de Covid-19.
Há cinco anos, o Fórum realizou-se em Londres e teve a presença do primeiro-ministro, António Costa, que na altura também foi recebido pela então homóloga britânica, Theresa May, na residência oficial, em Downing Street.
Esta segunda edição, adiantou Ivo Cruz, "vai ser dedicada à inovação e às iniciativas de inovação" e será um "encontro de alto nível" com a representação de governos, empresas, universidades e associações.
O objetivo é "pensarmos em conjunto como é que podemos trabalhar mais e aprofundar o relacionamento entre Portugal e o Reino Unido nas empresas, nas universidades, nas organizações da sociedade civil e nos governos para reforçarmos este papel de liderança que Portugal e que o Reino Unido têm nestas áreas mais de inovação e mais de tecnologia e de sustentabilidade", disse à Lusa.
O secretário de Estado da Internacionalização concluiu esta sexta-feira uma deslocação de três dias ao Reino Unido que incluiu encontros com o secretário de Estado para o Comércio Externo britânico, Nigel Huddleston, e o presidente da comissão parlamentar para o Comércio Externo, Angus MacNeil, deputado do Partido Nacional Escocês.
Bernardo Ivo Cruz visitou ainda as universidades Imperial College, em Londres, e de Bristol, e empresas com operações em Portugal, como a Vodafone e a Claranet.
O propósito foi "dar alguma substância" à declaração conjunta sobre cooperação bilateral assinada por António Costa e o antigo primeiro-ministro britânico Boris Johnson em junho deste ano na capital britânica.
Costa admitiu na altura que o documento pretendia "relançar a mais antiga aliança que existe a nível mundial após o Brexit".
Entre as áreas identificadas como sendo de interesse comum estão as energias renováveis, financiamento para a sustentabilidade, economia digital, economia azul e 'smart cities' (cidades inteligentes), enumerou o secretário de Estado.
"Portugal tem muito a oferecer ao Reino Unido", garantiu, destacando o pioneirismo na transição energética e a riqueza em recursos humanos qualificados que está a atrair muito investimento estrangeiro na área tecnológica da Europa e Estados Unidos.
Nesse sentido, afirmou ter recebido "muita abertura do lado de universidades britânicas em encontrar pontos de ligação com as universidades portuguesas" para colaborar em investigação científica e aproximar as aceleradoras tecnológicas dos dois países.
Segundo Ivo Cruz, "Portugal está muito interessante porque tem aquilo que é necessário para a digitalização, que é a inteligência".
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