A entidade com sede em San Francisco (Califórnia) deve compensar com mais de 2.000 milhões de dólares (cerca de 1.878 milhões de euros) os afetados e pagar uma multa de 1.700 milhões de dólares (cerca de 1.597 milhões de euros), informou em comunicado o Gabinete para a Proteção Financeira do Consumidor (CFPB, na sigla em inglês).
Segundo os reguladores, o Wells Fargo, que nos últimos anos protagonizou vários escândalos relacionados com as suas práticas comerciais, cobrou de forma ilegal taxas e juros em empréstimos e aplicou encargos injustificados a contas bancárias, afetando milhões de clientes.
O banco, o quarto em volume de ativos nos Estados Unidos, já tinha sido sancionado em várias ocasiões, mas nunca com um montante tão elevado.
O diretor da CFPB, Rohit Chopra, destacou numa nota que o Wells Fargo é "reincidente" e disse que as punições anunciadas hoje são um "passo inicial importante" para responsabilizá-lo.
Segundo esta agência federal, a entidade bancária cometeu infrações com alguns dos seus principais produtos, incluindo empréstimos hipotecários, crédito automóvel e contas bancárias.
Em comunicado, o Wells Fargo confirmou o acordo alcançado com as autoridades para resolver as queixas e garantiu que se trata de um passo importante para transformar práticas "inaceitáveis" que teve durante anos.
"Identificámos com os reguladores uma série de práticas inaceitáveis e temos trabalhado sistematicamente para mudar e compensar os clientes, quando se justifica", afirmou o presidente-executivo do banco, Charlie Scharf.
O Wells Fargo já tinha sido sancionado nos Estados Unidos desde que em 2016 se soube que abriu milhões de contas de forma ilegal, uma prática que muitos funcionários do banco usavam para cumprir as metas que eram fixadas.
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