O relatório, elaborado pela EY (antiga Ernst&Young) em parceria com a Liga Portugal e que "retrata o impacto económico, cultural e social da indústria do futebol", mostra que o setor representa 0,29% do PIB português, tendo ampliado a sua contribuição em 12,02%.
"Este acréscimo é justificado pelo regresso do público aos estádios, que permitiu um aumento das receitas de bilheteira, e das participações das equipas portuguesas na Liga dos Campeões na época 2021/22", lê-se no documento.
No total, as 34 sociedades desportivas, que compõem a I Liga e II Liga, registaram um volume de negócios de 917 milhões de euros. Em 2020/21, esse valor ficou nos 792 milhões de euros.
"Os dados apresentados mostram o potencial desta indústria, em crescendo natural se tivermos em conta um 2020/21 de portas fechadas e um 2021/22 a enfrentar, ainda, fortes constrangimentos devido à pandemia", afirmou o presidente da Liga, Pedro Proença, em declarações divulgadas pelo organismo.
Na última época, o futebol profissional foi também responsável por 3595 postos de trabalhos, entre jogadores, treinadores e funcionários afetos às áreas de suporte, gestão e administração.
Os salários ascenderam aos 319 milhões de euros, ocupando os jogadores o topo da tabela remuneratória, com um total agregado de 238 milhões de euros.
"A apresentação destes números mostra a importância do futebol no tecido económico nacional. Uma relevância que justifica um reconhecimento diferente para o futebol profissional enquanto fenómeno de massas", defendeu Proença.
Ainda segundo o relatório, em 2021/22 passaram 2,4 milhões de pessoas pelos estádios da I Liga e apenas 307 mil nos jogos da II Liga.
A Liga Portugal fechou a época com o sétimo ano consecutivo de resultados positivos, desta vez com lucros de cerca de 1,2 milhões euros e com um receite recorde de 22 milhões de euros. 8,2 milhões de euros foram libertados para distribuir pelos clubes.
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