Trabalhadores dos 'call centers' em greve no Natal e passagem de ano
Os trabalhadores dos 'call centers' vão estar em greve no Natal e na passagem de ano, para exigir a negociação de reivindicações como o pagamento em dias de feriados "de acordo com a lei" e aumentos salariais.
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Economia Greve
Convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) para os trabalhadores da Intelcia, Randstad, Manpower, Vertente Humana e RH-Mais, a greve terá lugar nos dias 24 e 25 de dezembro, sendo repetida nos dias 31 de dezembro e 01 de janeiro.
Em causa está, segundo comunicado do sindicato, a falta de pagamento do trabalho "feito em dia feriado de acordo com a lei" e a recusa das empresas em "discutir e negociar escalas de feriados e folgas".
Os trabalhadores protestam ainda contra as empresas não negociarem aumentos salariais e a redução do horário, apontam.
Por seu lado, a Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC) considerou hoje que, apesar "de estar sempre disponível para o diálogo e respeitar o direito à greve, não pode deixar de refutar os argumentos utilizados".
Citando o último "estudo de benchmarking" da APCC, indica no comunicado que o ordenado bruto médio mensal dos operadores dos 'call center' foi de 897 euros, o que diz ser um aumento médio de 27 euros face a 2020, e o dos supervisores de 1.084 euros, um aumento médio de 58 euros.
"À data estes valores serão superiores e serão divulgados durante o primeiro semestre de 2023", antecipa, assinalando não existirem diferenças salariais segundo o género.
A APCC salienta ainda que "os contratos sem termo continuam a ser a tipologia dominante, com um crescimento de cinco pontos percentuais (51% em 2020 para 56% em 2021)".
Neste sentido, "manifesta total disponibilidade para um debate sério sobre o setor, em qualquer fórum ou meio, sempre que para tal seja solicitada".
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