Um cesto de alimentos considerados essenciais já aumentou cerca de 33 euros desde que começou a guerra, custando agora 217,14 euros, de acordo com uma monitorização semanal dos preços da DECO Proteste.
"Entre 23 de fevereiro, véspera do início do conflito armado na Ucrânia, e 28 de dezembro, o preço do cabaz de bens alimentares essenciais aumentou 18,26% (mais 33,51 euros), custando agora 217,14 euros", explica a organização de defesa do consumidor.
Segundo a DECO, os laticínios representam a "categoria de alimentos cuja subida foi mais acentuada, em termos percentuais (23,70%)", mas a "carne também está cada vez mais cara".
"A inflação também se faz sentir nas restantes categorias de alimentos. Em dez meses, o preço do peixe subiu 17,88%; o da mercearia subiu 17,43%; as frutas e legumes registaram um acréscimo de 14,46%; e nos congelados os preços ficaram 17,15% mais caros", explica a DECO.
E exemplifica: "Num pacote de quilo de arroz carolino, a subida de preço é de 73 cêntimos desde o início do ano (custava então 1,14 euros; agora custa 1,87 euros). A polpa de tomate aumentou 45 cêntimos no mesmo período, para 1,32 euros".
Desde 23 de fevereiro, a DECO Proteste tem monitorizado todas as quartas-feiras, com base nos preços recolhidos no dia anterior, os preços de um cabaz de 63 produtos alimentares essenciais.
"Esta análise tem revelado aumentos quase todas as semanas, com alguns produtos a registarem subidas de preços de dois dígitos de uma semana para a outra", sublinha a organização de defesa do consumidor.
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