O apagão de segunda-feira gerou uma onda gigante de informação sobre o sucedido e, por isso, a empresa de comparação de tarifas Selectra reuniu, em quatro pontos, esclarecimentos que considera importantes sobre este tema.
De sublinhar, porém, que a causa oficial do apagão ainda está por saber: "Embora a causa ainda esteja por apurar, analisámos os principais dados disponíveis e partilhamos os pontos essenciais para ajudar a compreender o sucedido", revela a empresa, numa nota enviada ao Notícias ao Minuto.
- "O que sabemos é que a queda das tecnologias foi uma consequência, e não a causa do problema. Neste momento, o foco está em determinar o que provocou o colapso da produção. As desconexões automáticas generalizadas indicam que algo ocorreu no sistema a nível global, e não devido a danos físicos ou infraestruturais numa zona específica.
- Apesar da existência de mecanismos de ajuste destinados a estabilizar a rede elétrica, estes são projetados para responder a variações muito mais pequenas. Enquanto seria possível compensar uma oscilação de até 1,2 GW, a queda real foi de 15 GW — uma diferença impossível de absorver em tempo real com os recursos atualmente disponíveis.
- Relativamente aos painéis solares, apenas os utilizadores que dispõem de baterias e conseguem ativar o modo ilha conseguiram manter o fornecimento. Nas instalações convencionais, por estarem ligadas à rede pública, a desconexão foi inevitável.
- É importante sublinhar que o sistema elétrico europeu está, em teoria, concebido para isolar falhas e evitar que colapsos se propaguem a toda a Península. Nesse contexto, levanta-se preocupação quanto ao tempo necessário para restabelecer o fornecimento, tendo em conta a disponibilidade de centrais de ciclo combinado a gás e de reservas significativas de energia hidroelétrica — tecnologias que permitem uma reposição mais rápida do que as centrais nucleares, cuja entrada em operação pode demorar até seis horas."
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