De acordo informação adiantada à Lusa pelo coordenador do STRUN, José Manuel Silva, os trabalhadores concentram-se hoje nas instalações da empresa na freguesia do Pinheiro, em Guimarães (distrito de Braga), a partir das 10:30.
A paralisação começou à meia-noite e dura 24 horas.
O pré-aviso de greve já tinha sido emitido no dia 29 de dezembro e, além de hoje, está prevista uma nova paralisação no dia 06 de fevereiro.
O comunicado que anunciava o pré-aviso de greve referia que o STRUN tinha enviado às empresas do grupo Transdev "as exigências aprovadas pelos trabalhadores, dando-lhe desde logo a conhecer" que marcaria greves "se não alterassem a sua posição no prazo máximo de 15 dias".
"A resposta da empresa chegou dentro do prazo, mas apenas se limitou a dizer que existia um CCT [Contrato Coletivo de Trabalho] e que era para se cumprir, não aceitando alterar o que quer que fosse", pode ler-se no texto.
Contactada pela Lusa, a Transdev referiu que o acordo de contratação coletiva assinado há seis meses com todas as estruturas sindicais demonstra o seu "respeito pelos trabalhadores e seus representantes".
Num comunicado de terça-feira, o STRUN refere que o CCT "não foi aprovado pelos trabalhadores nem assinado por quem os representa", e "é muito pior que o contrato da ANTROP", a Associação Nacional de Transportes de Passageiros.
Em dezembro, a Transdev tinha referido que o acordo "estabelece a existência de uma comissão paritária para fazer o seu acompanhamento e onde se analisam e debatem os temas a serem alterados por acordo entre as partes".
"Esta comissão é a estrutura estabelecida para o diálogo em torno do acordo coletivo", realçou o grupo.
Entre as exigências dos trabalhadores estão aumentos salariais este ano "na mesma percentagem do salário mínimo nacional, ou da inflação, aquela que for mais favorável aos trabalhadores, como vão receber os trabalhadores das empresas filiadas na ANTROP".
Para os trabalhadores, o local de trabalho deve ser "aquele para onde o trabalhador foi contratado e não pode rodar para outro, mesmo que diste a mesma distância casa-trabalho", e os trabalhadores, "sempre que na hora de almoço ou jantar estejam deslocados do seu local de trabalho", devem ter "direito ao almoço ou jantar em deslocado".
Os trabalhadores exigem ainda o "pagamento do pequeno-almoço para quem inicia o serviço antes das 06:00", a "acumulação do subsídio de alimentação com almoço ou jantar em deslocado ou penalizado", e não aceitam receber o "subsídio de complemento de condutor", pretendendo manter o "subsídio de agente único com a sua redação anterior".
Leia Também: Apoio dos Emirados ao Paquistão chega a 2,77 mil milhões após inundações