Wall Street fecha no nível mais alto desde há um mês

A bolsa nova-iorquina encerrou a semana em alta, no nível mais alto desde há um mês, com os investidores a superarem os alarmes dos bancos sobre a economia dos EUA, graças a um indicador sobre a confiança dos consumidores.

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© Reuters

Lusa
13/01/2023 23:28 ‧ 13/01/2023 por Lusa

Economia

Wall Street

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu 0,33%, o tecnológico Nasdaq ganhou 0,71% e o alargado S&P500 ganhou 0,40%.

O Nasdaq registou mesmo a sexta sessão consecutiva de ganhos e os três índices mais emblemáticos da praça nova-iorquina acabaram no seu nível máximo desde há um mês.

A sessão tinha começado em baixa, com os investidores crispados com a comunicação de vários grandes bancos norte-americanos sobre o estado da economia e as suas perspetivas.

As quatro principais instituições bancárias que abriram hoje a época dos resultados trimestrais em Wall Street apresentaram desempenhos acima do esperado pelos analistas.

No entanto, os investidores retiveram inicialmente a dimensão das provisões para crédito malparado, sinal de uma deterioração da conjuntura, e os comentários, particularmente pessimistas.

O JPMorgan Chase, que fechou a subir 2,52%, aposta agora em uma "recessão moderada", ao passo que o presidente executivo do Bank of America (+2,20%), Brian Moynihan, realçou "um contexto económico em arrefecimento cada vez mais acentuado".

O Wells Fargo (+3,25%) e o Citigroup (+1,69%) aumentaram também as suas provisões, com o segundo a justificar com "uma deterioração das condições económicas".

Os investidores ponderaram também que os consumidores estão a utilizar mais os cartões de crédito, segundo os bancos, o que faz recear um aumento das dívidas.

Mas, depois de uma má impressão no início, "os investidores recuperaram com a publicação do índice de confiança dos consumidores", baseado no inquérito mensal a Universidade do Michigan, explicou, em nota analítica, Edward Moya, da Oanda.

Este índice saiu com 64,2 pontos em janeiro, bem acima dos valores de dezembro (59,7) e das expectativas dos economistas (60,7).

Os operadores saudaram a evolução, segundo o mesmo inquérito, das antecipações de inflação dos consumidores, que a veem em quatro por cento, abaixo dos 6,5% atuais.

O ligeiro acesso de fraqueza de Wall Street no início da sessão "foi visto como uma oportunidade de compra", traduziu Patrick O'Hare, de Briefing.com, para quem a praça nova-iorquina continua a beneficiar de um contexto altista,

Os operadores também relativizaram posteriormente o discurso dos bancos. Os operadores devem preparar-se para uma recessão moderada, "não uma aterragem brutal", realçou Patrick O'Hare.

O S&P500 acabou hoje acima de um importante patamar técnico, a saber a média dos últimos 200 dias na bolsa.

Para ir mais longe, vão ser necessários resultados de empresas satisfatórios, preveniu Art Hogan, da B. Riley Wealth Management.

"Na próxima semana, a atenção vai ser concentrada" nos resultados, bem como nas previsões destas sociedades para os próximos meses, estimou o analista. "Vamos ver se as nossas estimativas estão ou não próximas da realidade", disse.

Leia Também: Wall Street cai após grandes bancos divulgarem resultados

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