A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, vai ser ouvida na quarta-feira no Parlamento, às 10h30, e a intenção do Governo é que a companhia aérea seja privatizada o mais depressa possível, mas o relatório da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) é decisivo para a continuidade da CEO na empresa.
Ao que indica a SIC, Christine Ourmières-Widener cai se o relatório da IGF concluir que houve erro grave no processo de saída de Alexandra Reis.
A confirmar-se um erro grave, haverá justa causa para o Governo despedir a gestora e evitar o pagamento da indemnização prevista no contrato.
A líder da TAP já esteve no Ministério das Infraestruturas por duas vezes nas últimas semanas e na segunda-feira voltou a encontrar-se com o ministro João Galamba, segundo o mesmo canal, que adianta ainda que a comissão executiva da TAP não quer mais deslizes.
Christine Ourmières-Widener vai ao Parlamento para dar explicações sobre a indemnização de 500.000 euros à antiga administradora Alexandra Reis, que foi também presidente da NAV e secretária de Estado.
A audição da responsável da companhia aérea acontece na sequência do requerimento potestativo do Chega, depois de o grupo parlamentar do PS ter rejeitado a proposta de audição num primeiro momento.
O caso da indemnização de meio milhão de euros paga à antiga secretária de Estado Alexandra Reis, pela saída antecipada da administração da TAP, levou à demissão do ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e a uma remodelação no Governo.
A polémica, recorde-se, estalou na véspera do Natal e aguardam-se as conclusões do relatório da IGF. Assim que for concluído será tornado público pelo Ministério das Finanças, conforme adiantou o ministro Fernando Medina na segunda-feira.
Leia Também: Caso Alexandra Reis. Conheça ponto a ponto a polémica indemnização da TAP