No total, em 2022, a carga que passou pelo porto cresceu 20% face a 2021, ascendendo a 26,7 milhões de toneladas, lê-se em comunicado com o balanço da atividade do último ano.
"O porto tem seguramente vindo a colher os frutos das grandes obras de infraestruturas realizadas nos últimos quatro anos", disse no mesmo comunicado Osório Lucas, diretor-executivo da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC, sigla inglesa), empresa concessionária privada.
"A decisão do Governo de Moçambique de estabelecer uma operação [ferroviária] de fronteira 24 horas teve um impacto positivo em todo o Corredor de Maputo" aliado a outros investimentos, nomeadamente em automação, sublinhou também.
Os volumes de crómio e ferrocrómio que a África do Sul exporta através de Maputo, transportados por comboio até ao porto, registaram um aumento substancial de 73% em relação ao ano anterior (2,4 milhões de toneladas em 2022).
No entanto, a ferrovia representa apenas um quarto da carga que chega aos cais, sendo a restante conduzida por estradas.
"Os operadores ferroviários continuaram a trabalhar para um maior equilíbrio" entre a carga por comboio e camiões, acrescentou Osório Lucas.
Para este ano, o diretor-executivo prevê um novo crescimento de carga e anuncia a consolidação de sistemas para melhorar a eficiência de toda a cadeia logística.
"Já estamos a implementar o novo plano diretor para o Porto de Maputo" e a "tentar encontrar soluções criativas" para responder a um aumento de procura, a par de uma consultoria para melhorar as operações, além de investimento em equipamentos adicionais, tais como guindastes móveis e equipamentos de apoio.
A concessão do porto de Maputo à MPDC completa 20 anos em 2023.
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