Wall Street fecha em alta com S&P500 no seu melhor nível desde há 2 meses

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, graças à divulgação de indicadores melhores do que previsto, o que consolidou a tese de uma aterragem suave da economia dos EUA, o que é favorável aos mercados acionistas.

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Lusa
26/01/2023 23:33 ‧ 26/01/2023 por Lusa

Economia

Wall Street

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,61%, o tecnológico Nasdaq ganhou 1,76% e o alargado S&P500 progrediu 1,10%. Este fechou mesmo a sessão de hoje no seu nível mais alto desde há cerca de dois meses.

A estatística vedeta do dia foi o crescimento da economia no quarto trimestre nos EUA, de 2,9% em termos anualizados, acima dos 2,8% esperados pelos analistas, indicou hoje o Departamento do Comércio.

"A economia continua a mostrar-se muito resiliente, apesar das abruptas subidas das taxas de juro", comentou Chris Zaccarelli, da Independent Advisor Alliance, para quem "isso significa que vai ser necessário muito mais tempo para cair em recessão do que muitos imaginavam há poucos meses".

Uma vez não cria costume, mas todos os indicadores económicos estiveram hoje em terreno positivo, com nomeadamente as inscrições semanais no subsídio de desemprego a cair para o mínimo desde abril de 2022´.

"É o contrário do que se lê nas manchetes agora", comentou Nick Reece, da Merk Investments, em alusão aos anúncios de despedimentos, em particular no setor da tecnologia.

Outro feito notável foi a quantidade de encomendas de bens duradouros em dezembro (+5,6%), cujo ritmo foi mais do dobro do que esperavam os economistas (+2,5%).

Mesmo o mercado do imobiliário, que está em contração desde há meses, recuperou algum ânimo, com uma aceleração das vendas de casas novas em dezembro em relação ao mês anterior.

Apesar este panorama de uma economia dos EUA ensolarada, o mercado obrigacionista só reagiu modestamente. O rendimento da dívida pública federal a 10 anos subiu para 3,49% dos 3,44% da véspera.

Há ainda algumas semanas, "quando as estatísticas eram boas, a inquietação era por ver a Reserva Federal mais agressiva" no plano da política monetária, recordou Nick Reece, o que faz com frequência recuar os índices e subir os rendimentos das obrigações.

"Mas, hoje, as boas notícias são bem recebidas e as más notícias são consideradas negativas", prosseguiu. "É uma relação mais normal" entre indicadores e mercados, considerou.

Uma economia em melhor saúde do que se previa, taxas que se estabilizam, ... a constatação incitou os investidores a dirigirem-se para os valores tecnológicos, de crescimento ou simplesmente abandonados em 2022.

Leia Também: Wall Street segue no 'verde' após dados sobre crescimento da economia

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