"Penso que os resultados são notáveis. É o maior crescimento económico desde 1987, o que dá muita confiança no futuro", afirmou António Costa Silva, em declarações à Lusa.
A economia portuguesa cresceu 6,7% em 2022, "o mais elevado desde 1987", de acordo com a estimativa rápida divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O crescimento de 6,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 situa-se uma décima abaixo da previsão do Governo, já que o ministro das Finanças, Fernando Medina, se tinha afirmado convicto, no final de dezembro, que Portugal iria finalizar "o ano de 2022 com um crescimento [da economia] de cerca de 6,8%".
Esta taxa fixa-se, contudo, acima dos 6,5% estimados no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que deu entrada no parlamento em outubro passado.
Costa Silva reiterou que a economia portuguesa "é resiliente e que responde aos desafios", lembrando os contactos diretos que o ministério tem com todos os setores, que apontavam para estes resultados.
"No turismo vamos bater os dados de 2019, com 22.000 milhões de euros, mas outros setores como a metalomecânica, o calçado e também o têxtil vão ter resultados extraordinários", vincou.
Assim, a economia pode enfrentar 2023 "com muito mais confiança".
Para isto, contribui também a redução da inflação, a descida do preço do gás e um contexto externo mais favorável.
No entanto, em 2023, a economia "poderá abrandar" em função dos "desafios e dificuldades" que se esperam.
Questionado sobre as projeções para o corrente ano, Costa Silva disse que o Governo está a rever as estimativas de crescimento inscritas no Orçamento do Estado.
"Penso que, provavelmente, com estas evoluções muito positivas, vamos rever estas estimativas e, se forem superiores, vamos manter a rota [de crescimento]", defendeu o ministro da Economia, destacando ainda o "efeito positivo" das medidas que o Governo adotou em 2022, como o pacote de ajudas às famílias e empresas.
Leia Também: Crescimento do PIB de 6,7% dá "mais confiança" para desempenho de 2023