O Tribunal do Comércio considerou, esta terça-feira, o fundador do BPP, João Rendeiro, e os ex-administradores Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital, responsáveis pela insolvência do banco, acusando-os de insolvência culposa e obrigando-os a ficarem inibidos, durante oito anos, do exercício de atividade comercial.
Em reação a esta decisão, Jaime Antunes, cliente do banco e presidente da Privado Clientes, esclarece, em declarações ao semanário Expresso, que “dá apenas conforto moral aos clientes, não lhes dá mais nada, não lhes dá dinheiro”.
“Apesar de não dar mais do que conforto moral aos clientes, a sentença tem, porém, matéria que poderá vir a ser útil em outros processos”, destaca.
Entretanto, os advogados do fundador do BPP, João Rendeiro, segundo apurou o Jornal de Negócios, acreditam ter fundamentos para recorrer da sentença do Tribunal do Comércio para o Tribunal da Relação de Lisboa.
Refira-se que, este é apenas o processo principal contra o Banco Privado Português, mas há outro processo de contraordenação do Banco de Portugal e em preparação está um outro por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Além destes, em curso mantêm-se ainda centenas de processos judiciais interpostos por clientes e outras instituições contra o BPP, João Rendeiro e os vários veículos criados pelo banco.