"O consumo de energia elétrica registou um crescimento de 4,1% em janeiro, face ao período homólogo, que se reduz ligeiramente para 3,7% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis", informou a REN, em comunicado.
Segundo a gestora dos sistemas nacionais elétrico e de gás natural, a produção renovável abasteceu 88% do consumo (incluindo o saldo exportador), com destaque para a hídrica com 51%, seguida da eólica com 28%, da biomassa com 5% e da fotovoltaica com 4%.
"Com condições meteorológicas favoráveis para as tecnologias renováveis, registaram-se índices de produtibilidade elevados, em particular na hídrica com 1,53 (média histórica igual a 1), mas também na fotovoltaica com 1,18 e na eólica com 1,02", realçou a REN.
Assim, em janeiro, atingiram-se novos máximos históricos nos valores instantâneos injetados na rede, tanto na produção hídrica, que alcançou o valor mensal "mais elevado de sempre", como na fotovoltaica, que atingiu pontas diárias da ordem dos 1.400 megawatts (MW).
Já a produção não renovável, através das centrais a gás natural, abasteceu os restantes 12% do consumo (incluindo o saldo exportador).
No mês em análise, o saldo de trocas com o estrangeiro, exportador, foi equivalente a cerca de 4% do consumo nacional.
"No mercado de gás natural, o consumo registou uma contração homóloga de 30%, devido fundamentalmente ao comportamento do segmento de produção de energia elétrica, que caiu 64%, resultado da elevada disponibilidade de energia renovável, ao contrário do que tinha acontecido no mesmo período do ano anterior", apontou a REN.
No segmento convencional do mercado de gás natural, manteve-se também a tendência de redução dos consumos registada ao longo do ano anterior, embora de modo menos acentuado, com uma contração homóloga de 2,1%.
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