O projeto pretende "fornecer informações valiosas para melhorar a avaliação" dos pagamentos do setor da segurança social -- ou WSP, na sigla inglesa --, que então serão escaladas para utilização alargada pela Europa.
O objetivo é modernizar os pagamentos da segurança social e torná-los "mais eficientes, seguros e inclusivos".
"Porquê Portugal? Porque há aqui uma tradição de inovação nos pagamentos, e gostaríamos de beneficiar desse conhecimento. Não estamos aqui para ensinar nada a Portugal, estamos aqui para aprender e testar", explicou o consultor sénior do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) e autor principal do relatório, Biagio Bossone, numa apresentação em Lisboa.
O sistema quer "conectar os vários programas sociais, dados e bases de dados" e, eventualmente, "ligá-los a um mecanismo de pagamento que permita serviços de pagamento eficazes", explicou.
Segundo a fundação, a escolha de Portugal deveu-se ao avançado sistema de pagamentos sociais, "caracterizado por uma sólida infraestrutura bancária digital, pela utilização generalizada de pagamentos eletrónicos e por uma forte colaboração entre o governo e as 'fintechs'".
Entre os principais desafios identificados está a falta de acesso digital para populações idosas e vulneráveis, a redução do uso de cheques e numerário em transações sociais e a melhoria da literacia financeira para incentivar pagamentos eletrónicos.
"Apesar destes obstáculos, Portugal está à frente de muitos outros países europeus, incluindo França, Espanha, Itália, Grécia e Polónia", regista a fundação, que acredita que Portugal está num bom caminho para um sistema de pagamentos sociais totalmente digitalizado.
A presidente da Fundação Fast Forward, Lívia Piermattei, considerou que a modernização dos sistemas de proteção social é um desafio tecnológico e uma necessidade social.
Leia Também: Ex-presidente filipino detido embarcou num avião para Haia