Só no último trimestre do ano, entre outubro e dezembro, o Santander, que é dono em Portugal do Santander Totta, teve lucros de 2.288 milhões de euros, mais 1% do que no mesmo período de 2021, segundo os resultados comunicados, esta quinta-feira, pelo banco às autoridades espanholas.
O "resultado sólido" de 2022 deveu-se "ao forte crescimento da atividade comercial, à boa qualidade dos ativos e ao controlo dos custos", defende o banco, num comunicado.
O grupo destaca que no ano passado aumentou em sete milhões o número de clientes, que passaram a ser 160 milhões no total, com recursos que cresceram 6%, "graças ao bom crescimento dos depósitos (+9%), enquanto os créditos aumentaram 5%, com as hipotecas e o crédito ao consumo a crescerem 7%".
O Santander revela que as suas receitas totais no ano passado aumentaram 6%, para os 52.154 milhões de euros, o que, "em conjunto com o bom controlo de custos", levou aos resultados que hoje apresentou.
O banco diz que "a subida acentuada da inflação" no ano passado provocou um aumento geral dos custos de 7%, mas os gastos do grupo, "em termos reais", caíram 5% "graças à melhoria da produtividade e à colaboração internacional entre mercados e negócios".
"Assim, o rácio de eficiência do grupo fechou nos 45,8% em 2022", melhorando em 0,4 pontos percentuais em relação a 2021, "o que situa o Santander entre as entidades mais eficientes".
O grupo Santander está presente na Europa, na América do Norte e na América do Sul e diz que "a diversificação geográfica e do negócio do grupo impulsionou mais uma vez um crescimento sólido e rentável" em 2022.
A Europa representou 33% do lucro ordinário, a América do Sul (onde o Santander está presente no Brasil) contribuiu com 31% para os resultados do grupo, a América do Norte representou 25% e o Digital Consumer Bank (área digital) com 11%.
Na Europa, o lucro em 2022 foi 3.810 milhões de euros, mais 38% do que em 2021.
Só em Espanha, os lucros ordinários alcançaram os 1.560 milhões de euros e aumentaram, 149%, devido "principalmente à redução das provisões por insolvências (-30%) e dos custos (-1%)".
A presidente do grupo, Ana Botín, citada no comunicado do banco divulgado hoje, afirma que "2022 foi de novo um ano muito bom para o Santander" e diz esperar que em 2023 "os bancos centrais e os governos continuem a priorizar a redução da inflação".
"As nossas equipas têm grande experiência em gerir com êxito este tipo de contexto, pelo que esperamos que o crescimento das receitas compense o aumento dos custos por causa da inflação e o aumento previsto do custo do risco", afirma Ana Botín.
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