Sindicato e CGD sem acordo (outra vez) na 4.ª reunião de negociações

A quarta reunião para negociar aumentos salariais na Caixa Geral de Depósitos (CGD) terminou "sem acordo", dada a "posição intransigente" do banco público de não aceitar um aumento da massa salarial superior a 5,1%, anunciou hoje o STEC.

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Lusa
15/02/2023 11:40 ‧ 15/02/2023 por Lusa

Economia

CGD

 

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"Decorrida a quarta reunião entre a CGD e o STEC, continuamos sem acordo, dada a posição intransigente da CGD, de não aceitar um aumento da massa salarial superior a 5,1%", informou o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC), em comunicado.

Segundo o sindicato, na última reunião, a CGD "admitiu poder vir a chegar aos 4% de aumento médio salarial", mas transmitiu ao STEC que, caso não haja acordo, "avançará unilateralmente com um adiantamento salarial, mas apenas para os trabalhadores do ativo, deixando de fora os trabalhadores pré-reformados e reformados".

Os representantes dos trabalhadores consideraram que a CGD está a tentar "desvirtuar o processo de negociação coletiva estabelecido na Constituição da República e no Código do Trabalho", "não reconhecendo que, em 2022, os trabalhadores e reformados foram brutalmente penalizados com uma inflação de 7,8% quando tiveram um aumento salarial de 0,92%, sem ter havido um aumento salarial intercalar".

Além de "discriminatórios", os aumentos unilateralmente impostos são, para o STEC, "ilusórios por não se tratarem de aumentos salariais efetivos e definitivos".

"A CGD aproveita-se do aumento máximo de 5,1% da massa salarial (de que a tabela salarial é apenas uma parcela) que o Governo estabeleceu como referência para as Empresas do Setor Empresarial do Estado, para impor um valor de atualização salarial abaixo da inflação prevista para 2023", apontou o sindicato.

Na última proposta levada para a mesa das negociações, o STEC reivindicou um aumento de 95 euros para todos os trabalhadores, um valor que considera "perfeitamente comportável com a sustentabilidade financeira de uma empresa que se prepara para apresentar os maiores lucros da sua história".

Face ao impasse nas negociações, o STEC solicitou audiências com o ministro das Finanças, Fernando Medina, com os partidos com assento parlamentar e com a Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças.

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