"Todos os bancos têm de oferecer no seu portfólio de créditos a taxa fixa, nos créditos à habitação", referiu o primeiro-ministro, sinalizando que com esta medida deixará de ser possível, como atualmente, que as instituições financeiras possam não disponibilizar esta oferta.
Durante a conferência de imprensa, que contou com a presença dos ministros da Habitação e das Finanças, Fernando Medina precisou que o Governo vai determinar na lei a obrigatoriedade de existência desta oferta, mas que a oferta em concreto (valores de taxas, por exemplo) resultará da política comercial de cada banco.
"Mas se olharmos para o mercado acho que podemos ter confiança que ao longo dos próximos meses vamos ver aparecer ofertas de interesse relevante para aqueles clientes que procurem estabilizar durante muitos anos as suas prestações de crédito", referiu.
Medina disse ainda que, perante o atual contexto de subida acelerada das taxas de curto prazo, este é "o momento certo" para se dar corpo em Portugal a esta oferta de taxa fixa que "é uma oferta bastante mais natural e usual" em contratos de crédito à habitação de países que antes do euro já tinham historicamente taxas de inflação mais baixas.
O pacote de medidas hoje aprovado prevê a disponibilização de mais solos para construção de habitação, incentivos à construção por parte de privados e incentivos fiscais aos proprietários para colocarem casas no mercado de arrendamento, além de apoios para os jovens conseguirem arrendar casa.
[Notícia atualizada às 21h07]
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