Lucros da Navigator mais do que duplicam em 2022 para 392,5 milhões

A Navigator registou, no ano passado, lucros de 392,5 milhões de euros, mais do dobro do obtido em 2021, tendo o volume de negócios superado dois mil milhões de euros "pela primeira vez na história", segundo um comunicado. 

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Lusa
16/02/2023 18:08 ‧ 16/02/2023 por Lusa

Economia

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"O volume de negócios aumentou 54% para 2.465 milhões de euros, ultrapassando pela primeira vez na história do grupo a barreira dos dois mil milhões de euros", lê-se na mesma nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). 

Segundo a Navigator, as vendas de papel representaram "cerca de 74% do volume de negócios" (vs. 72% em 2021), "as vendas de pasta 8% (vs. 11%), as vendas de 'tissue' 8% (vs. 9%) e as vendas de energia 10% (vs. 8%)".

"A dinâmica dos preços internacionais de pasta, papel embalagem e 'tissue', potenciada pelo enriquecimento do 'mix' de produto e o foco no aumento de produtividade, a par da evolução dos preços de venda de energia renovável, impulsionaram os bons resultados registados no ano", explicou a empresa.

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) do grupo também duplicou no ano passado, crescendo 107,6% para 736,4 milhões de euros, referiu a Navigator.

Por outro lado, o investimento em 2022 totalizou 112,5 milhões de euros, face a 80 milhões de euros em 2021, "dos quais perto de 39,1 milhões de euros referentes a investimentos classificados como ambientais, o que representa 35% do investimento total", realçou.

"O grupo continuou a focar-se no aumento de produtividade dos seus ativos, tendo o volume de produção aumentado, em todos os produtos, face a 2021: no segmento de pasta mais de 3%, no segmento de papel 4% e 1% no segmento de 'tissue', com mais de 2% no produto acabado", explicou.

A Navigator destacou também "a produção anual da fábrica de pasta da Figueira da Foz que, fruto dos investimentos feitos nos últimos anos, das diversas melhorias operacionais e do continuado foco na produtividade, atingiu um máximo histórico".

Por outro lado, "o endividamento líquido reduziu-se de 595 milhões de euros para 382 milhões de euros, não obstante a Navigator ter distribuído reservas e dividendos num total de 250 milhões de euros em 2022", realçou.

A empresa deu ainda conta dos resultados do último trimestre do ano passado, "sendo que os resultados líquidos do quarto trimestre foram de 122 milhões de euros e comparam com 109 milhões de euros obtidos no terceiro trimestre (+12%) e 57 milhões de euros no período homólogo (+114%)".

A Navigator fechou o trimestre com um volume de negócios de 642 milhões de euros, "um decréscimo de 5,6% vs. terceiro trimestre de 2022 e um crescimento de 34,9% vs. 2021", destacou.

Por sua vez, o EBITDA do trimestre totalizou 184 milhões de euros, uma redução de 11% relativamente ao terceiro trimestre e um aumento de 70% em relação ao quarto trimestre de 2021, destacou.

Tendo em conta os resultados do ano passado, "o Conselho de Administração irá propor à Assembleia Geral de Acionistas uma distribuição de dividendos, relativa a 2022, no montante de 0,2812 [euros] por ação, correspondente a um valor total de aproximadamente 200 milhões de euros", indicou.

Na sua análise à 'performance' de 2022, a empresa disse que "o setor experienciou um momento único, com diversos fatores a contribuírem para uma escassez de oferta papeleira na Europa, na primeira metade de 2022".

De acordo com a Navigator, esta situação "a par com o aumento significativo de custos de produção e logística, contribuiu para que a carteira de encomendas nos produtores e os tempos de entrega atingissem níveis historicamente elevados e para que se verificasse um aumento generalizado de preços de todos os papéis gráficos".

Por outro lado, "na segunda metade do ano, os receios de abrandamento económico levaram a uma súbita redução da procura aparente, num momento em que os 'stocks' ao longo de toda a cadeia de distribuição estavam bastante elevados e em que se assistiu a uma regularização relativamente rápida das cadeias logísticas".

O grupo explicou que "a redução deste 'stock' acumulado demorará mais ou menos tempo em função da evolução da procura, nomeadamente na Ásia, da velocidade de regularização das cadeias de fornecimento e da logística, bem como de um maior ou menor abrandamento económico".

[Notícia atualizada às 19h27]

Leia Também: Bolsa de Lisboa negoceia em baixa, com Navigator a cair 0,55%

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