"O lugar de vice-presidente do IAPMEI [Agência para a Competitividade e Inovação] vai ser preenchido nos próximos dias. Aliás, o nome será tornado público muito em breve", afirmou o governante em declarações aos jornalistas à margem de uma visita às empresas portuguesas que, desde domingo até quarta-feira, participam na feira de calçado MICAM, em Milão, Itália.
Recordando que o cargo "foi criado para reforçar a capacidade do IAPMEI na implementação do PRR [Programa de Recuperação e Resiliência]", Pedro Cilínio disse que o objetivo é "dar um sinal de aumentar a capacidade de gestão do IAPMEI a esse nível".
"E, salientou, não é só na estrutura dirigente que haverá esse reforço": "Nós temos em curso um programa de renovação do IAPMEI, aquilo que eu chamo IAPMEI 5.0. O IAPMEI será uma organização moderna, presente em todo o território, usando canais digitais para estar próximo das empresas e renovada", explicou.
Neste âmbito, disse, "entrou um contingente de 32 pessoas agora em janeiro (quadros novos), vão entrar mais 18 até ao final do primeiro semestre", estando ainda a ser preparado "um processo de recrutamento adicional para renovar a estrutura interna do IAPMEI" e "trazer o IAPMEI para o 5.0".
"Um IAPMEI mais digital e mais próximo das empresas, independentemente do sítio onde elas estejam, é isso que nós queremos", sintetizou.
Questionado sobre se as alterações recentes e em curso na cúpula de vários organismos na esfera do Ministério da Economia -- o IAPMEI, a Agência Nacional de Inovação (ANI), a AICEP e o Banco Português de Fomento -- poderão afetar a execução dos fundos comunitários e do PRR, o secretário de Estado garantiu que não.
"Estamos a fazer as mudanças de forma que as operações continuem dentro da normalidade e, gradualmente, possamos introduzir as melhorias que todos nós queremos ver no desempenho das organizações", assegurou.
A este propósito, enfatizou que "a execução dos fundos ao nível das empresas nos sistemas de incentivo que são geridos pelo IAPMEI, pela ANI, pela AICEP e pelo Turismo de Portugal, é superior à média do Portugal 2020".
"Estamos a falar de um nível de execução muito próximo dos 100% e a média do Portugal 2020 ronda os 85%, o que significa que as agências públicas que gerem esses fundos e as empresas que aplicam esses fundos são competitivas e produzem execução positiva no desempenho", sustentou.
Segundo acrescentou, "o próprio IAPMEI tem uma execução nos fundos europeus de quase 10 pontos percentuais acima do valor médio".
"O que significa que o seu desempenho é bom, mas temos que melhorar porque, obviamente, as expectativas das empresas é que os fundos cheguem mais rapidamente aquilo que são as suas necessidades de investimento", concluiu.
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