Na entrevista ao The Economic Times, Lagarde indicou que o BCE vai continuar a subir o preço do dinheiro para conter a inflação em conformidade com o objetivo a médio prazo de 2%.
"Queremos que as nossas subidas de taxas de juro sejam transmitidas ao setor financeiro, incluindo os bancos. A minha esperança é, porque queremos que a transmissão monetária seja canalizada através da economia, que os bancos também reflitam essas subidas das taxas de juro na sua remuneração de depósitos", salientou Lagarde.
Quanto à política monetária do BCE, a francesa recordou que a instituição tem aumentado as taxas desde julho passado a um ritmo e dimensão sem precedentes e reiterou que mais aumentos serão efetuados, se necessário, para levar a inflação de volta ao objetivo de 2% em tempo útil.
"Será preciso o que for preciso. O que eu sei é que vamos trazer a inflação de volta aos 2%. E queremos não só trazê-la de volta aos 2%, mas também mantê-la nesse nível de forma sustentável", afirmou, observando que as taxas de juro são o instrumento mais eficiente nas circunstâncias atuais.
Sobre a resposta orçamental, Lagarde insistiu que os governos devem assegurar que as suas medidas de apoio sejam temporárias e direcionar o seu apoio para aqueles que mais precisam dele.
"Temporárias, direcionadas e personalizadas. Estes são os três princípios-chave", resumiu Lagarde.
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