Ligação fluvial Seixal-Lisboa com perturbações em metade de fevereiro
O serviço de transporte fluvial que liga o Seixal a Lisboa registou perturbações em quase metade do mês de fevereiro, com a Transtejo a anunciar constrangimentos nas horas de ponta da manhã e da tarde.
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Economia Transtejo
Desde o início do ano que o transporte fluvial tem sofrido constrangimentos sucessivos na ligação entre Lisboa e a denominada Margem Sul (distrito de Setúbal), com especial incidência no serviço que liga a capital e os concelhos do Seixal e do Montijo.
Em fevereiro foram anunciadas perturbações no transporte que liga Lisboa e o Seixal com constrangimentos registados em 12 dias: 01, 02, 06, 13, 15, 16, 20, 22, 23, 24, 27 e 28.
Num dos dias a empresa chegou a sugerir que os passageiros deste serviço usassem como alternativa de mobilidade Cacilhas e Barreiro, referindo que os títulos de transporte também eram válidos nestas ligações fluviais.
Questionada pela agência Lusa sobre as perturbações nas ligações entre o Seixal e a capital ao longo do mês de fevereiro, nomeadamente nas horas de ponta, a Transtejo explicou que resultam de avarias inesperadas nos navios ao serviço e de constrangimentos técnicos na gestão e manutenção da frota.
"A Transtejo tem vindo a desenvolver todos os esforços operacionais e diligências necessárias para restabelecer, tão rápido quanto possível, a normalidade e regularidade do serviço nas suas ligações fluviais", referiu.
Segundo a empresa, as alterações de serviço imprevistas são comunicadas, logo que conhecidas, através das "Partidas em tempo real", disponíveis na homepage do 'site' ttsl.pt, na 'app' TTSL (incluindo notificações personalizadas) e no sistema digital de informação.
A Transtejo assegura as ligações fluviais a Lisboa a partir de Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, enquanto a Soflusa liga o Barreiro ao Terreiro do Paço, em Lisboa.
As empresas têm uma administração comum.
Sobre o projeto de renovação da frota Transtejo, a empresa adiantou que a receção do navio Leader deverá ocorrer até ao final de abril e que até ao fim do ano os estaleiros deverão entregar mais três navios.
Na resposta enviada à Lusa, a transportadora explica ainda que a entrada ao serviço dos novos navios elétricos ocorrerá após a sua chegada e a formação das respetivas tripulações, não existindo ainda uma data definida.
A nova frota elétrica será servida por cinco postos de carregamento, localizados nos terminais fluviais do Seixal, Cais do Sodré, Montijo e Cacilhas, que deverão entrar em funcionamento no segundo semestre do ano. Até lá, "durante a fase de formação das tripulações, será utilizado um sistema de carregamento alternativo, na doca sita em Cacilhas".
Em 08 de fevereiro, o ministro do Ambiente, que tutela os transportes urbanos, reconheceu a existência de problemas na operação da Transtejo e da Soflusa, garantindo que o Governo "tudo está a fazer" para os resolver.
"Temos de reconhecer que existe um problema na operação da Transtejo e da Soflusa, empresas que asseguram as ligações fluviais entre Lisboa e o Montijo, Barreiro, Seixal e Almada. Ao dizer isto, o Governo está a reconhecer a existência de um problema que tem trabalhado para ultrapassar em três dimensões: de frota, de operação e de recursos humanos", disse Duarte Cordeiro, numa comissão parlamentar.
Em novembro, o Governo perspetivava ter disponível a maior parte da frota elétrica de navios da Transtejo já durante o ano de 2023.
O secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, estimou então que os primeiros navios elétricos começariam a operar entre o fim de 2022 e o início de 2023, adiantando que as baterias e os postos de carregamento já estavam contratados.
Em setembro, a Transtejo tinha anunciado que a empreitada de construção e fornecimento de estações de carregamento da nova frota elétrica de navios da Transtejo tinha sido adjudicada por cerca de 14,4 milhões de euros.
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