A mesma fonte adiantou que o júri do concurso público começa a partir de hoje a trabalhar na avaliação das propostas apresentadas, sendo os critérios de adjudicação o preço (ponderação de 45%), a capacidade diária de produção de H2 [hidrogénio] da estação (35%) e as características e performance do veículo BRT (20%).
Em causa está a encomenda de 12 autocarros a hidrogénio verde para o 'metrobus', serviço da Metro do Porto que ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) em junho de 2024, circulando em via dedicada na Avenida da Boavista e em convivência com os automóveis na Avenida Marechal Gomes da Costa.
No dia 19 de dezembro, foi publicado em Diário da República (DR) o lançamento de um concurso público internacional de 23,5 milhões de euros para adquirir o material circulante e infraestruturas de abastecimento.
O procedimento engloba, segundo documentos consultados pela Lusa, o "projeto, fornecimento e colocação em serviço" da "estação de produção, armazenamento e abastecimento de hidrogénio verde para abastecimento dos veículos BRT [...] e venda a terceiros", na estação de recolha da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) da Areosa.
Também se incluem no concurso as "instalações de produção fotovoltaica de energia elétrica de fonte renovável para o processo de produção de hidrogénio verde", nas recolhas da STCP da Areosa, Francos e Via Norte.
O objetivo é produzir, através dos painéis fotovoltaicos localizados nas três estações de recolha, a média diária mínima de 350 quilogramas (kg) de hidrogénio necessária para abastecer, na Areosa, os veículos BRT.
Quanto aos veículos, devem ter "uma vida comercial útil mínima de 16 anos" e terão propulsão híbrida, "isto é, com motorização elétrica e alimentação a hidrogénio gasoso", com autonomia mínima de 350 quilómetros (km) a hidrogénio e 50 km em modo elétrico.
"Estima-se que em hora de ponta seja necessário o uso recorrente de 10 veículos em operação, sem prejuízo de poder ser usada a totalidade da frota", sendo os veículos obrigados a ter uma lotação igual ou maior a 130 passageiros, dos quais 35 sentados.
A estética do autocarro "deve resultar de um equilíbrio entre o sucesso dos veículos antecessores" da Metro do Porto e "apresentar uma evolução positiva", sendo "fundamental" que "reflitam e continuem" a direção tomada com o novo metro da CRRC Tangshan, traduz "o carisma moderno que se pretende".
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