BCE? "Pronto para responder da forma necessária para manter estabilidade"
A garantia é da presidente do BCE, Christine Lagarde, que deu, esta quinta-feira, uma conferência de imprensa a explicar a decisão do banco central de aumentar as taxas de juro em 50 pontos base.
© Reuters
Economia BCE
A presidente do Banco Central Europeu (BCE) anunciou, esta quinta-feira, que as três principais taxas de juro foram aumentadas em 50 pontos base.
"Estamos a monitorizar os mercados de forma próxima", garantiu Christine Lagarde, acrescentando que o BCE estava preparado para "responder da forma necessária para manter estabilidade" na zona euro, dada a instabilidade que se está a verificar na banca a nível global.
"Os especialistas do BCE consideram agora que a inflação se situe, em média, em 5,3% em 2023, 2,9% em 2024 e 2,1% em 2025", lê-se na nota em questão.
Ainda de acordo com o que a responsável disse aos jornalistas, a decisão de aumentar as taxas de juro em 50 pontos base não foi unânime, mas foi aprovada por uma larga maioria. Lagarde apontou ainda que nem todos votaram neste aumento não porque "não concordavam na natureza" da medida, mas sim porque acharam que ainda não era o tempo para tomar esta decisão. No entanto, após a votação, Lagarde defendeu: "Achamos melhor tomara decisão que consideramos mais robusta, e depois verificar o que os dados nos mostram".
Na mesma conferência também marcou presença o 'vice' do BC, Luis de Guindos, que corroborou o que já tinha sido defendido por Lagarde. Durante a sua intervenção, Lagarde foi questionada sobre em que medida esta situação se podia aproximar da crise económica de 2008. Guindos reforçou a ideia transmitida por Lagarde, referindo que "há mais capital" agora do que nessa altura.
Os especialistas do BCE consideram agora que a inflação se situe, em média, em 5,3% em 2023, 2,9% em 2024 e 2,1% em 2025. Ao mesmo tempo, as pressões subjacentes sobre os preços permanecem fortes. A inflação excluindo preços dos produtos energéticos e dos produtos alimentares continuou a subir em fevereiro e os especialistas do BCE esperam que seja, em média, de 4,6% em 2023, valor que é mais elevado do que o avançado nas projeções de dezembro.
"Subsequentemente, projeta‑se que desça para 2,5% em 2024 e 2,2% em 2025, com o desvanecimento das pressões em sentido ascendente geradas pelos anteriores choques da oferta e pela reabertura da economia e com a maior restritividade da política monetária a atenuar cada vez mais a procura", lê-se na nota.
[Notícia em atualização]
Leia Também: Portugal coloca 723 milhões em dívida a 6 e a 12 meses a juros mais altos
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com