OCDE preocupada com inflação que exclui preços de energia e alimentos

A OCDE está mais otimista sobre a redução da inflação na zona euro este ano, mas mais pessimista sobre a que exclui a energia e os alimentos, taxa que continua elevada, segundo as previsões económicas divulgadas hoje.

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Lusa
17/03/2023 11:04 ‧ 17/03/2023 por Lusa

Economia

OCDE

 

Na atualização das previsões económicas intercalares divulgadas hoje, cujo relatório se intitula "Recuperação frágil", a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) assinala que a atualmente a inflação na zona euro ainda reflete os efeitos da subida dos preços de energia em 2022.

Prevê, assim, que a taxa de inflação nos países da moeda única se reduza de 8,4% em 2022 para 6,2% em 2023 e para 3% em 2024.

Este cenário significa uma revisão em baixa de 0,6 pontos percentuais (pp.) e de 0,4 pp. para este e o próximo ano, face ao relatório de novembro.

No entanto, alerta para os níveis da inflação 'core' [taxa de inflação que exclui a energia e os bens alimentares não transformados], já que prevê que nos países da zona euro esta taxa passe de 4% em 2022 para 5,2% este ano, antes de cair para 3% em 2024.

A um nível global, a OCDE destaca que se prevê "que a inflação modere gradualmente ao longo de 2023 e 2024, mas permaneça acima dos objetivos dos bancos centrais até à segunda metade de 2024 na maioria dos países".

"Continua a haver uma divergência acentuada nas taxas de inflação entre os países, com a inflação ainda em níveis relativamente baixos em algumas economias asiáticas, incluindo China e Japão, mas muito alta na Turquia e Argentina", refere.

A instituição salientou que "a recente redução da inflação global também se refletiu nas expectativas de inflação com base nas famílias e no mercado nas principais economias avançadas".

"A inflação de preços de bens começou a cair na maioria dos países, refletindo a desaceleração mais ampla do setor no ano passado, bem como a normalização gradual da composição da procura de bens para serviços e a flexibilização dos estrangulamentos da cadeia de abastecimento global", explica.

Por outro lado, destaca que "a taxa de inflação está em declínio, mas a inflação 'core' continua elevada", devido ao "forte aumento do preço dos serviços, margens mais altas em alguns setores" e pressões de custo nos mercados de trabalho.

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