A tarde desta terça-feira teve um novo momento de audição no que concerne a comissão parlamentar de inquérito à TAP. Desta feita, foi a vez de Manuel Beja, o presidente do Conselho de Administração da companhia aérea que foi, entretanto, demitido pelo Governo, responder sobre as mais recentes polémicas pendentes sobre a empresa pública.
Isto depois de tanto a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, como Alexandra Reis, ex-administradora executiva da companhia aérea e, já após isso, secretária de Estado do Tesouro - cargo que também se viu forçada a abandonar - terem sido ouvidas no contexto desta comissão parlamentar de inquérito. Durante a mesma, pretendem-se esclarecimentos sobre a indemnização de meio milhão de euros recebida por Alexandra Reis quando saiu da TAP.
Durante a audição desta terça-feira, Manuel Beja disse que a saída de Alexandra Reis da Administração da TAP "devia ter sido evitada", mostrando-se "seguro e tranquilo" face às decisões que tomou no decorrer do cargo que (ainda) ocupa. Aliás, sobre essa mesma saída, o alvo desta audição parlamentar disse ter tentado falar, por quatro ocasiões, com Pedro Nuno Santos - antigo responsável máximo pelo Ministério das Infraestruturas e da Habitação - sobre o tema, mas sem sucesso. Isto após, explicou, ter tido a "perceção" de que começava a ganhar forma um "esvaziamento objetivo das funções da administradora Alexandra Reis".
Já sobre o facto de, tal como a CEO da empresa, ter sido recentemente demitido, o presidente do Conselho de Administração da companhia aérea considerou que as mesmas deveram-se apenas a "conveniência político-partidária". Demissão esta que, segundo avançou, lhe terá sido comunicada pelo atual ministro das Infraestruturas, João Galamba, no dia em que essa decisão governamental foi anunciada publicamente. Porém, segundo argumentou, não foi feito, nesse momento, qualquer referência à justa causa.
Relembre aqui os principais destaques da audição de Manuel Beja.