Sonae falha objetivo da OPA sobre Sonaecom e empresa mantém-se em bolsa
A Sonae falhou o objetivo da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Sonaecom, ao ficar abaixo dos 90% que eram necessários para lançar uma OPA potestativa e retirar a empresa de bolsa, segundo os resultados hoje divulgados.
© Lusa
Economia Sonae
Na OPA, a 'holding' liderada por Cláudia Azevedo apenas conseguiu comprar 474.239 ações da Sonaecom, que correspondem a 0,152% do capital social e 0,155% dos direitos de voto, através do serviço de centralização de bolsa, de acordo com os resultados da oferta.
Assim, após a OPA, a Sonae passou a deter 276.585.527 ações da Sonaecom, o que corresponde a 88,837% do capital social.
A Sonae falha, assim, o objetivo da OPA que era, caso atingisse os 90% do capital lançar uma OPA potestativa e retirar a empresa de bolsa.
"Considerámos que a melhor solução para todas as partes seria a saída da Sonaecom da bolsa de valores. Por isso, fizemos uma oferta pública voluntária a um preço que a própria CMVM considerou justo, com o objetivo de dar uma oportunidade aos acionistas minoritários de venderem as suas participações por um valor muito superior ao da cotação da ação nos últimos anos", afirmou fonte oficial da Sonae.
"Fizemos o que nos competia e respeitamos a decisão dos acionistas que preferiram manter as suas ações" e "reiteramos que estamos tranquilos com este resultado e confiantes no futuro da Sonaecom, que continuará a implementar a sua estratégia e a investir no seu desenvolvimento, com foco nos sectores de telecomunicações, tecnologia e na procura de novas áreas de crescimento", concluiu a mesma fonte.
Em 29 de março, o administrador financeiro (CFO) da Sonae, João Dolores, afirmou que o preço da OPA sobre a Sonaecom não iria mudar porque o grupo considerava-o "justo".
Em 21 de dezembro, a Sonae tinha anunciado uma OPA sobre as ações não detidas da Sonaecom, com uma contrapartida de 2,50 euros por ação, mas a Maxyield - Clube dos Pequenos Acionistas considerou que o preço oferecido pela Sonae nesta operação era "injustificado" e que não era de considerar.
"O preço da OPA não vai mudar. É um preço que consideramos justo e não temos qualquer intenção de o alterar", afirmou em março, na altura, o CFO da Sonae.
Se "não atingirmos os 90% do capital social, como exigido pela CMVM, a empresa irá manter-se cotada em bolsa", disse também na altura o administrador financeiro.
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