Onde vai ser o novo aeroporto? Estas são as (nove) soluções finalistas

Às cinco opções avançadas pelo Governo (Portela+Montijo; Montijo+Portela; Alcochete; Portela +Santarém; Santarém) foram adicionadas as opções: Portela+Alcochete; Pegões; Portela+Pegões; e Rio Frio+Poceirão, totalizando sete localizações e nove opções estratégicas.

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Notícias ao Minuto com Lusa
28/04/2023 08:49 ‧ 28/04/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia

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A comissão técnica que está a estudar a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa anunciou, na quinta-feira, nove opções possíveis para o novo aeroporto, que incluem as cinco definidas pelo Governo e outras quatro.

A lista de opções que passam às fases seguintes foi anunciada pela coordenadora-geral da Comissão Técnica Independente (CTI), Rosário Partidário, numa apresentação que está a decorrer, em Lisboa, sobre os resultados das atividades desenvolvidas na primeira fase da Avaliação Ambiental Estratégica sobre o aumento da capacidade aeroportuária para a região de Lisboa.

Rosário Partidário explicou que às cinco opções avançadas pelo Governo (Portela+Montijo; Montijo+Portela; Alcochete; Portela +Santarém; Santarém) foram adicionadas as opções: Portela+Alcochete; Pegões; Portela+Pegões; e Rio Frio+Poceirão, totalizando sete localizações e nove opções estratégicas.

As cinco opções propostas pelo Governo têm de ser necessariamente avaliadas pela CTI, pelo que além destas estavam em cima da mesa as opções Beja, Monte Real (Leiria), Portela + Alcochete e Alverca+ Portela, às quais foram acrescentadas oito opções adicionadas no portal AeroParticipa (Apostiça, Évora, Ota, Pegões-Vendas Novas, Poceirão, Rio Frio, Sintra e Tancos).

Desta lista, com base em dez critérios técnico-científicos, passaram à lista final de soluções possíveis as opções: Aeroporto Humberto Delgado+Alcochete, Aeroporto Humberto Delgado+Pegões, Pegões e Rio Frio+Poceirão.

As opções Portela+Alcochete e Portela+Pegões serão estudadas como solução final, mas também consideradas "apenas eventualmente como opção em transição".

A análise da CTI concluiu ainda que Pegões "aparentemente tem capacidade para ir até quatro pistas, mas está numa fase elementar de estudos" e apesar de ter "conflito com área militar", parece ser "resolúvel". Todavia, "não cumpre totalmente o critério de proximidade".

Já sobre Rio Frio assinala que é uma opção "já estudada anteriormente", tendo sido rejeitada no passado por razões ambientais, tendo ainda conflito com o Campo de Tiro de Alcochete (CTA), característica que partilha com Poceirão, que também não tem área de expansão.

No entanto, a CTI entende que Poceirão é uma "área logística potencial e está a 10 km de Rio Frio", pelo que surgiu a hipótese de combinar estas duas opções e torná-las numa "solução mista".

A lista da CTI resulta da aplicação de dez critérios de viabilidade técnico-científica, sendo a proximidade de distância ao centro de Lisboa (média europeia de 22 km), ser dotada ou não de infraestrutura rodoviária e ferroviária existente ou planeada e ter uma área de expansão (mínimo 1.000 ha).

Dos critérios fizeram ainda parte a capacidade de movimentos/hora, ter conflitos com espaço aéreo militar e em caso positivo ser resolúvel, maior ou menores riscos naturais (inundáveis, sísmicos), a estimativa de população afetada, as áreas naturais e corredores migratórios, a importância estratégica para a Força Aérea e a existência de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Declaração do Impacto Ambiental (DIA).

Segundo Rosário Partidário, ficaram pelo caminho Beja porque não cumpre o critério de proximidade, considerando-se ser mais bem aproveitada uma rede nacional aeroportuária, Monte Real, por não cumprir o critério de proximidade ou Sintra por ser "limitada em termos de capacidade de movimentos e área de expansão" e ter conflitos com o espaço aéreo da Portela.

A "opção histórica" Ota que "já foi muito estudada, é bem posicionada em termos de acessibilidades, mas é a sua única vantagem", segundo a CTI, que sublinha que "não tem área de expansão" e "os estudos demonstram dificuldades em termos de segurança aérea, de risco de inundação e custos elevados de remoção de obstáculos".

Estamos a trabalhar com três prazos: o longo prazo, o período de transição e o curto prazo

Já Tancos "não cumpre o critério de proximidade e tem funções extraordinariamente importantes do ponto de vista de combate a incêndios", tendo uma função estratégica do ponto de vista militar.

Para a responsável, a opção Alverca+Portela foi uma "opção extraordinariamente criativa", mas "tem condições operacionais muito difíceis".

Por seu lado, a opção Apostiça "tem conflitos militares com o espaço aéreo, nomeadamente o Campo de Tiro de Alcochete e com os paióis da NATO" e Évora "não cumpre o critério de proximidade e não tem área de expansão".

A coordenadora-geral da comissão técnica independente que está a estudar a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa está a trabalhar com três prazos e realçou que o aeroporto ideal tem de ser um 'hub' acessível, eficiente e sustentável.

"Estamos a trabalhar com três prazos: o longo prazo, o período de transição e o curto prazo", afirmou.

Rosário Partidário explicou que será analisado "o que pode ser feito para resolver ou, pelo menos, minimizar os constrangimentos a curto prazo", devendo seguir-se uma "solução em período de transição" e o de longo prazo.

Leia Também: Conhecidas as nove opções a ser estudadas para o novo aeroporto de Lisboa

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