A DECO Proteste alertou, esta segunda-feira, que os consumidores devem ter atenção às "entrelinhas" dos contratos dos depósitos a prazo, de modo a perceber qual é a melhor oferta na comparação entre várias.
"Nos últimos meses as instituições bancárias lançaram novas contas, com taxas mais atrativas para na maioria dos casos adquirir novos clientes. Muitas vezes estas contas oferecem taxas de juro acima dos 2%, uma percentagem considerada muito atrativa em termos de retorno de investimento. Contudo, é nas entrelinhas que se distinguem as melhores escolhas, mediante as necessidades pessoais de cada consumidor – quer sejam imediatas ou futuras", diz a organização de defesa do consumidor, em comunicado.
A DECO Proteste explica que são muitas as variáveis a ter em conta na análise dos depósitos. Eis alguns exemplos:
- Remuneração: podem existir diferenças nas taxas de rendimento, variando consoante o ano, o montante; pode ser fixa ou crescente; pode até depender da contratação de outros produtos.
- Prazo: as datas de início e de vencimento do capital aplicado podem variar, geralmente, entre 1 a 5 anos;
- Mobilização: os depósitos podem ser ou não mobilizáveis (ou seja, a permissão do resgate do dinheiro é uma variável definida por cada banco);
- Montante: poderá ser exigido um montante mínimo ou máximo obrigatório na adesão ao depósito.
Depósitos a prazo ou Certificados de Aforro?
A análise da DECO Proteste concluiu ainda que, "nos próximos meses, é provável que as taxas dos depósitos num pequeno grupo de bancos se aproximem da remuneração dos Certificados de Aforro - uma oferta que pertence ao Estado e que, atualmente, são a aplicação de poupança com as melhores perspetivas de rendimento".
"Em março, a taxa-base atingiu o limite máximo de 3,5% bruta, ou seja, em termos líquidos rende 2,5%, uma percentagem que supera o rendimento de todos os depósitos a prazo", refere ainda.
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