Em comunicado divulgado hoje, o UBS revelou os primeiros elementos da complexa fusão com o Credit Suisse, decidida sob pressão das autoridades suíças para evitar o colapso deste banco.
No passado dia 19 de março, o UBS aceitou adquirir o Credit Suisse por 3.000 milhões de francos suíços (o equivalente em euros) com garantias sólidas dadas pelas autoridades da Confederação Helvética.
Os responsáveis do UBS consideram que nas próximas semanas será concluída a fusão entre os dois grupos bancários.
Apesar de as duas entidades formarem um único grupo consolidado, vão continuar a operar de forma independente "até nova ordem", dado que o plano aprovado implica uma integração "por etapas" e levará tempo, explicou o UBS em comunicado.
Körner, que assumiu a liderança executiva do Credit Suisse em agosto passado, vai assegurar na nova administração "a continuidade operacional" do banco, ao mesmo tempo que apoiará o processo de integração.
Conhecido por ter experiência em reestruturações, Ulrich Körner, de 60 anos, trabalhou no Credit Suisse e no UBS durante a sua carreira.
Todos os outros cargos-chave serão confiados a executivos do UBS.
Iqbal Khan vai continuar a dirigir a gestão internacional de fortunas, enquanto o banco de investimento ficará nas mãos de Robert Karofsky. Sabine Keller-Busse mantém as suas funções à frente das atividades suíças do UBS.
Sarah Youngwood, diretora financeira, vai deixar o cargo na altura da fusão e será substituída por Todd Tuckner.
As atividades dos dois bancos vão ser reagrupadas em cinco divisões, repartidas por quatro zonas geográficas, às quais se junta a Credit Suisse AG, entidade jurídica que congrega as atividades do Credit Suisse, para que os dois bancos possam numa primeira fase continuar a funcionar separadamente.
"A integração de atividades e de entidades jurídicas vai levar tempo", afirmou Sergio Ermotti, presidente executivo do UBS, citado no comunicado.
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