Lucros da CGD quase duplicam no primeiro trimestre para 285 milhões
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) teve lucros de 285 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 95% que nos primeiros três meses de 2022, divulgou hoje o banco público.
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Economia Caixa Geral de Depósitos
No primeiro trimestre, a margem financeira aumentou 129,7%, para 611 milhões de euros e as comissões líquidas cresceram 2% para 149 milhões de euros, segundo os resultados enviados hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O aumento de 345 milhões de euros da margem financeira, elemento resultante da diferença entre juros pagos pelos depósitos e juros cobrados nos créditos, teve na atividade em Portugal o seu principal contributo, que cresceu 319 milhões de euros.
No documento enviado ao mercado, a CGD diz que o aumento da margem financeira é "reflexo da subida das taxas de juro nas operações de retalho e do impacto positivo relativo às operações de tesouraria e da carteira de títulos".
O banco público registou uma subida de provisões e imparidades em 122 milhões de euros, tendo as imparidades de crédito crescido 26 milhões de euros.
Por sua vez, a rentabilidade dos capitais próprios passou de 9,8% no período homólogo de 2022 para 13,1% no primeiro trimestre deste ano.
No primeiro trimestre, a CGD registou uma descida em cadeia de 66 milhões de euros na carteira de crédito a clientes em Portugal, cifrando-se nos 45.485 milhões de euros, tendo subido nas empresas e setor público administrativo (19.744 milhões de euros, mais 222 milhões de euros) e recuado nos particulares (25.741 milhões de euros, menos 287 milhões de euros).
Os depósitos de clientes recuaram 0,5% em Portugal em termos homólogos, para 69.288 milhões de euros, somando 53.745 milhões de euros nos particulares, 12.523 milhões de euros nas empresas e 3.020 milhões de euros nos clientes do setor público administrativo e institucionais.
O que baixou, foi também a relação entre 'cost-to-income' (custo face a proveitos), que se cifrou, no final do primeiro trimestre, em 29,2%, "sustentado em elevados níveis de eficiência e na melhoria dos proveitos".
"No primeiro trimestre de 2023, a Caixa registou um rácio de NPL [sigla em inglês para 'non-performing loans', créditos em incumprimento] de 2,5%, enquanto o rácio de NPL líquido de imparidades totais permaneceu em 0% (zero). A evolução da carteira de crédito e da atividade de recuperação resultaram num custo de risco de crédito de 0,30%, refletindo uma abordagem preventiva e conservadora", refere o banco público no documento enviado à CMVM.
Por sua vez, os rácios Tier 1 ('common equity tier 1') e Total situaram-se em 19,5% e 20,9%.
[Notícia atualizada às 20h09]
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