TAP. Costa coloca ação do ministro João Galamba fora do objeto da CPI

O primeiro-ministro defendeu hoje que o objeto da comissão de inquérito parlamentar sobre a gestão pública da TAP circunscreve-se ao período entre 2020 e 2022, altura em que o atual ministro João Galamba era secretário de Estado da Energia.

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Lusa
12/05/2023 19:06 ‧ 12/05/2023 por Lusa

Economia

TAP

Esta posição foi transmitida por António Costa em declarações aos jornalistas no final de uma visita ao projeto de construção de 266 habitações destinadas a arrendamento acessível em Benfica, Lisboa, e que terá financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

"A comissão de inquérito parlamentar da TAP foi criada com um objeto muito específico: Analisar a gestão pública entre 2020 e 2022, e a pretexto de uma situação de ter havido um acordo de uma indemnização para uma pessoa que saiu da administração [Alexandra Reis]. Tenho verificado que a comissão parlamentar de inquérito tem evoluído naquilo que analisa", referiu o líder do executivo, depois de interrogado sobre a situação do ministro das Infraestruturas, João Galamba, no Governo.

Neste ponto, o líder do executivo também disse assinalar que a atenção da comunicação social "já se desinteressou bastante daquilo que esteve na origem da comissão parlamentar de inquérito e vai-se interessando sobre cada depoimento, documento, cada comentário que se faz".

"Tenho de respeitar a Assembleia da República, que tem o seu tempo próprio e vai ter o tempo em que conheceremos as conclusões da comissão parlamentar de inquérito", afirmou, antes de se referir à situação de João Galamba em concreto.

"A comissão parlamentar de inquérito abrange um período que vai de 2020 a 2022 e, nessa altura, João Galamba era secretário de Estado da Energia. Portanto, não vejo o que o atual senhor ministro das infraestruturas, João Galamba, tenha a ver com o que aconteceu na TAP entre 2020 e 2022. Esse é o objeto da comissão parlamentar de inquérito", frisou.

Em relação ao episódio que envolveu João Galamba e um seu ex-adjunto Frederico Pinheiro, o líder do executivo recusou-se a fazer mais comentários sobre esse tema.

"Já disse o que tinha a dizer. As instituições que fiscalizam os serviços de informações também já disseram o que tinham a dizer. Acho que temos de aprender a respeitar as instituições", acrescentou.

Leia Também: "Não me recordo de alguma vez ter sido apontada alguma falha" ao SIS

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