Os portugueses sentem o aumento das despesas, diminuem as poupanças e limitam o consumo face ao contexto económico atual, de acordo com o Barómetro Europeu do Consumo do Observador Cetelem, divulgado esta quinta-feira.
"Em Portugal, país que apresenta tradicionalmente uma baixa cultura de poupança e cuja taxa de poupança tem estado ao longo dos anos abaixo dos 10% – com exceção de 2021, quando se registou uma taxa de 11,9% devido ao contexto pandémico – prevê-se uma taxa de poupança de apenas 6% em 2023", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Relativamente às despesas, "em Portugal, os consumidores antecipam um aumento dos gastos anuais em 13 pontos comparativamente a 2022 (49% vs. 36%)".
Ora, "esta dualidade – previsão de menos poupança e mais despesas – não quer dizer, necessariamente, que os consumidores prevejam consumir mais", até porque "os resultados evidenciam um consumo limitado onde as despesas se estão a concentrar mais no que é necessário e indispensável para a vida quotidiana".
"Ainda assim, o desejo de consumir mantém-se praticamente inalterado, baixando apenas 1 ponto em relação ao ano passado, com 52% dos europeus a expressar a intenção de consumir (face a 53% no ano passado). Já 1 em 4 diz não ter nem o desejo nem os meios para gastar, um resultado que aumentou em 3 pontos face a 2022", pode ler-se.
Equipamento do lar e desportivo são as categorias em que as intenções de compra mais diminuem, revela o mesmo estudo.
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