Wall Street fecha em alta clara esperançada em acordo de limite da dívida

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta clara, com os investidores esperançados em que democratas e republicanos cheguem a acordo sobre a subida do limite da dívida federal, menosprezando por enquanto os números sobre o crescimento dos preços.

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© Reuters

Lusa
26/05/2023 23:24 ‧ 26/05/2023 por Lusa

Economia

Bolsa de Nova Iorque

Os resultados definitivos da sessão indicam que o tecnológico Nasdaq avançou 2,19%, fechando mesmo no seu nível máximo do ano, em 12.975,69 pontos. Por seu lado, o seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu um por cento e o alargado S&P500 ganhou 1,31%.

Quando se estreita a janela de oportunidade para evitar um incumprimento dos EUA, a Casa Branca e a oposição republicana continuaram hoje a procura de um compromisso.

"Estamos mais próximos [de um acordo], mas ainda não chegámos lá", confiou uma fonte conhecedora das negociações, cética com a possibilidade de um acordo hoje.

O acordo deve congelar várias despesas, mas sem tocar nas verbas relativas à defesa e aos ex-combatentes, avançaram os jornais New York Times e Washington Post.

"O mercado subiu com a esperança" de que democratas e republicanos "anunciem um acordo muito em breve, que vai permitir evitar o incumprimento", comentou Cardillo, da Spartan Capital.

Os mercados aproveitaram este otimismo dos investidores e continuaram assim a ser beneficiar dos entusiasmos destes com a inteligência artificial, que se traduz em valorizações das empresas tecnológicas e dos fabricantes de semicondutores.

Em todo o caso, um indicador sobre a inflação nos EUA criou a surpresa, ao acelerar mais rápido do que previsto em abril. O índice PCE aumentou 4,4% em termos anuais, acima dos 4,2% do mês anterior.

Mais inquietante, o índice subjacente, que exclui setores com preços mais voláteis, como energia e alimentação, acelerou 4,7%.

Estes fortes números dos preços atenuam de forma considerável a possibilidade de uma pausa prolongada nas subidas da taxa de juro de referência pela Reserva Federal (Fed), como os investidores estavam à espera, mas os índices bolsistas não acusaram a novidade, permanecendo focados na possibilidade de acordo sobre o limite da dívida.

A informação sobre o crescimento dos preços "foi muto dececionante", considerou Peter Cardillo. "É evidente que a subida dos preços continua tenaz e, passado que for o aplauso ao acordo sobre a subida do limite da dívida, vai ser preciso olhar de frente a informação macroeconómica e ver o que a Fed vai fazer", acrescentou.

"O número da inflação de hoje afasta as ideias de uma pausa na subida da taxa de juro" de referência, considerou ainda Peter Cardillo. O Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em Inglês), a instância da Fed que decide a política monetária, tem reunião marcada para 13 e 14 de junho.

Leia Também: Bolsa de Lisboa fecha em baixa com PSI a cair 0,39%

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