Os resultados definitivos da sessão indicam que o tecnológico Nasdaq avançou 2,19%, fechando mesmo no seu nível máximo do ano, em 12.975,69 pontos. Por seu lado, o seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu um por cento e o alargado S&P500 ganhou 1,31%.
Quando se estreita a janela de oportunidade para evitar um incumprimento dos EUA, a Casa Branca e a oposição republicana continuaram hoje a procura de um compromisso.
"Estamos mais próximos [de um acordo], mas ainda não chegámos lá", confiou uma fonte conhecedora das negociações, cética com a possibilidade de um acordo hoje.
O acordo deve congelar várias despesas, mas sem tocar nas verbas relativas à defesa e aos ex-combatentes, avançaram os jornais New York Times e Washington Post.
"O mercado subiu com a esperança" de que democratas e republicanos "anunciem um acordo muito em breve, que vai permitir evitar o incumprimento", comentou Cardillo, da Spartan Capital.
Os mercados aproveitaram este otimismo dos investidores e continuaram assim a ser beneficiar dos entusiasmos destes com a inteligência artificial, que se traduz em valorizações das empresas tecnológicas e dos fabricantes de semicondutores.
Em todo o caso, um indicador sobre a inflação nos EUA criou a surpresa, ao acelerar mais rápido do que previsto em abril. O índice PCE aumentou 4,4% em termos anuais, acima dos 4,2% do mês anterior.
Mais inquietante, o índice subjacente, que exclui setores com preços mais voláteis, como energia e alimentação, acelerou 4,7%.
Estes fortes números dos preços atenuam de forma considerável a possibilidade de uma pausa prolongada nas subidas da taxa de juro de referência pela Reserva Federal (Fed), como os investidores estavam à espera, mas os índices bolsistas não acusaram a novidade, permanecendo focados na possibilidade de acordo sobre o limite da dívida.
A informação sobre o crescimento dos preços "foi muto dececionante", considerou Peter Cardillo. "É evidente que a subida dos preços continua tenaz e, passado que for o aplauso ao acordo sobre a subida do limite da dívida, vai ser preciso olhar de frente a informação macroeconómica e ver o que a Fed vai fazer", acrescentou.
"O número da inflação de hoje afasta as ideias de uma pausa na subida da taxa de juro" de referência, considerou ainda Peter Cardillo. O Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em Inglês), a instância da Fed que decide a política monetária, tem reunião marcada para 13 e 14 de junho.
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