'Startups' lusófonas em Macau após dois anos de edições virtuais

A competição 929 Challenge vai trazer pela primeira vez 'startups' dos países de língua portuguesa a Macau em outubro, depois de duas edições online, devido às restrições à entrada na região, anunciou hoje a organização.

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Lusa
30/05/2023 11:34 ‧ 30/05/2023 por Lusa

Economia

929 Challenge

"Vamos ter orçamento para trazer equipas lusófonas" a Macau em outubro, para a final da competição, que reúne 'startups' da China e dos países de língua portuguesa, disse o cofundador da 929 Challenge, Marco Duarte Rizzolio.

Numa conferência de imprensa, o professor da Universidade Cidade de Macau revelou que as inscrições estarão abertas de quarta-feira até ao final de setembro, tanto para empresas como para equipas de alunos universitários.

Rizzolio disse esperar um número de inscritos semelhante aos 256 do ano passado, mas acredita que "poderá atrair projetos de maior qualidade", graças à subida dos prémios monetários para cerca de 20 mil dólares (18.700 euros).

As equipas irão participar num 'bootcamp' 'online' nas duas primeiras semanas de outubro, durante o qual deverão criar planos de negócios a pensar na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, disse o académico.

A Grande Baía corresponde a um projeto de Pequim para criar uma metrópole mundial que integra Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong, numa região com cerca de 80 milhões de habitantes e com um produto interno bruto (PIB) superior a um bilião de euros, semelhante ao PIB de Austrália, Indonésia ou México, países que integram o G20.

Os melhores 16 planos -- oito de empresas e oito de universitários -- serão apresentados ao júri da 929 Challenge e a potenciais investidores na final, que no ano passado coincidiu com a Feira Internacional de Macau.

De seguida, haverá "um programa de apoio às empresas que se queiram estabelecer aqui em Macau e na Grande Baía", que inclui visitas a incubadoras e encontros com fundos de capital de risco, disse o outro cofundador da 929 Challenge, José Alves.

Marco Duarte Rizzolio revelou que a competição estabeleceu este ano um acordo com o fundo de investimento português Indico Capital Partners, para ajudar empresas a ter acesso a capital de risco.

José Alves defendeu que "as maiores oportunidades para Macau estão provavelmente na transferência de tecnologia da China" para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste.

O também professor da Universidade Cidade de Macau apontou "a economia do mar, agricultura e energia solar" como os setores com maior potencial.

A competição passou este ano a chamar-se 929 Challenge, para incluir a Guiné Equatorial, que aderiu ao Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) em abril de 2022.

O concurso é coorganizado pelo Secretariado Permanente do Fórum Macau e por várias universidades e instituições da região administrativa especial chinesa.

Leia Também: Diploma sobre regime das 'startups' publicado em Diário da República

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