Crise energética. África do Sul vai assegurar energia de Moçambique
A África do Sul e Moçambique abordaram hoje em Pretória a possibilidade de assegurar energia do país vizinho lusófono para colmatar a atual crise energética, disse fonte do Governo sul-africano.
© Lusa
Economia Crise energética
Nesse sentido, o ministro da Presidência responsável pela eletricidade, Kgosientsho Ramokgopa, reuniu-se esta manhã no Union Buildings, sede do Governo sul-africano, com o ministro da Energia e Recursos Minerais de Moçambique, Carlos Zacarias.
Segundo o governo sul-africano, a reunião deu seguimento a um anterior compromisso bilateral sobre a possibilidade de assegurar energia de Moçambique a curto e médio prazo para garantir eletricidade para a África do Sul aliviar a gravidade dos cortes regulares de energia elétrica.
No encontro, os dois países discutiram igualmente uma cooperação de longo prazo em questões energéticas, indicou a mesma fonte, sem avançar detalhes.
Além do gás natural que compra de Temane e canalizado através de um gasoduto, a África do Sul também recebe energia da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), localizada na província moçambicana de Tete, centro do país.
A África do Sul, que é considerada o maior produtor de eletricidade no continente, que provém 80% do carvão, importa 75% da produção total da HCB.
Em novembro do ano passado, a concessionária sul-africana Eskom anunciou que a estatal moçambicana Eletricidade de Moçambique (EDM) tem pagamentos em atraso à sua congénere sul-africana na ordem de quase mil milhões de rands (55,9 milhões de euros), incluindo montantes em disputa desde 2019.
Ramokgopa foi nomeado em fevereiro pelo Presidente, Cyril Ramaphosa, para melhorar a disponibilidade de energia da estatal elétrica sul-africana Eskom, eliminando os cortes regulares de eletricidade de pelo menos 12 horas por dia.
No ano passado, a empresa pública sul-africana privou o país de mais de 200 dias de eletricidade, segundo dados da companhia.
A companhia estatal elétrica da África do Sul, responsável por mais de 90% da produção nacional, tem mantido cortes de energia em larga escala no país devido à escassez de capacidade de geração resultante de avarias e atrasos no retorno de algumas unidades de geração em serviço.
Os cortes rotativos de eletricidade na África do Sul afetam extensas zonas do país e a Eskom prevê que a situação se agrave durante o Inverno em curso.
Desde a sua eleição em 2018, o Presidente da República, Cyril Ramaphosa, não deixou de prometer o fim da crise energética, bem como uma mudança radical na estrutura da Eskom para reverter a situação desta gigantesca empresa (que tem mais de um século de experiência e foi uma das maiores empresas de eletricidade do mundo).
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