Recorda-se da polémica? A Transtejo já lançou o concurso para a compra de baterias para os navios elétricos que foram adquiridos incompletos, uma notícia que até levou, inclusive, a então administração da empresa a demitir-se em meados de março.
Em causa está o anúncio publicado, esta segunda-feira, em Diário da República, que prevê o "fornecimento de baterias para a nova frota de navios de propulsão elétrica da Transtejo".
O preço base desta transação é de 16 milhões de euros, de acordo com o mesmo documento.
O objeto do contrato é o "fornecimento, compatibilidade e garantia de baterias (sistemas de armazenamento de energia) a instalar em nove (nove) dos navios de propulsão elétrica em construção que integram a nova frota de navios de propulsão elétrica".
As propostas podem ser apresentadas no prazo de 45 dias.
A administração da Transtejo demitiu-se, a 16 de março, depois de o Tribunal de Contas (TdC) ter chumbado a compra, por ajuste direto, de baterias para nove navios elétricos novos e considerou que foi enganado pela empresa quando aprovou a compra dos catamarãs, remetendo o caso para o Ministério Público.
Em causa estava a compra de nove baterias, pelo valor de 15,5 milhões de euros (ME), num contrato adicional a um outro contrato já fiscalizado previamente pelo TdC para a aquisição, por 52,4 ME, de dez (um deles já com bateria para testes) novos navios com propulsão elétrica a baterias, para assegurar o serviço público de transporte de passageiros entre as duas margens do Tejo.
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