Em comunicado divulgado na véspera do dia do investidor, a Shell enfatiza que "estenderá a sua posição vantajosa na exploração e produção de hidrocarbonetos e gerará fluxos de caixa de longo prazo ao estabilizar a sua produção de líquidos até 2030".
"Estamos a investir para fornecer a segurança energética que os clientes precisam, agora e no longo prazo, enquanto transformamos a Shell para que ela seja uma vencedora num futuro de baixo carbono", disse o presidente executivo, Wael Sawan, citado no comunicado.
O responsável adianta que o grupo quer "aumentar as distribuições aos acionistas, enquanto permite a transição energética planetária".
O grupo sustenta que já atingiu os seus objetivos de redução de produção ao longo do período, face aos que havia traçado em 2021, que tiveram por base a produção de 2019.
"A nossa meta de redução da produção de petróleo em 2030 não mudou, apenas a atingimos oito anos antes do previsto", disse um porta-voz.
O comunicado hoje divulgado detalha uma série de ofertas a atribuir aos acionistas: um aumento nas distribuições de 30 para 40% do lucro gerado pelas operações, um aumento de 15% no dividendo por ação a partir do 2.º trimestre de 2023 e recompras de ações de pelo menos 5 mil milhões de dólares no segundo semestre deste ano.
A ONG Global Witness, que faz campanha por um planeta "mais justo e sustentável", criticou esta "mudança de 180 graus" da empresa durante a crise energética, em vez de "acelerar os investimentos verdes".
O anúncio fez subir as ações da empresa 0,09%, para 22,98 libras no início da sessão da Bolsa de Londres.
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