Na audição que decorre na comissão parlamentar de inquérito à TAP, que encerra o conjunto de inquirições, o deputado do BE Pedro Filipe Soares questionou Fernando Medina sobre quando teve conhecimento da indemnização de 500.000 euros paga a Alexandra Reis para sair da TAP, administradora que deixou de ser sua secretária de Estado do Tesouro na sequência desta polémica.
O ministro das Finanças explicou que teve pela primeira vez "conhecimento das condições de saída [de Alexandra Reis] poucos dias antes da publicação da notícia", ou seja dia 21 de dezembro de 2022, data em que Correio da Manhã mandou perguntas sobre o caso para o ministério, tendo a notícia sido publicada em 24 de dezembro, véspera de Natal.
"Obviamente que tive a convicção que se tratava de um valor particularmente significativo", assumiu.
De acordo com Fernando Medina, "mal foi conhecida a situação", a antiga administradora pô-lo a par "e teve um comportamento de grande correção, tendo posto o lugar à disposição não querendo que a sua permanência no Governo fosse um problema".
"É no dia 27 [de dezembro] que lhe faço o pedido para a sua demissão. Aceitou o pedido que lhe fiz e apresentou a sua demissão", referiu.
Na opinião do ministro das Finanças, "tornou-se claro a incompreensão do país relativamente ao pagamento de uma indemnização daquele montante" e que "não havia conduções de assegurar" a manutenção da autoridade política do Ministério das Finanças se Alexandra Reis "continuasse em funções".
Leia Também: TAP. Medina diz ser possível construir bases para recuperação de salários