A posição é defendida por "quase todos os membros" do comité de política monetária da Fed (FMOC), órgão que decide sobre as subidas de taxa juro, que consideram "apropriado subir um pouco mais" até ao final do ano.
Num discurso perante a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América, Powell assinalou que na reunião da semana passada, "considerando a velocidade e a distância percorrida", os membros do FMOC "julgaram prudente" não mexer nas taxas de juro.
Na audição, Powell garantiu que a Fed irá continuar a tomar as suas decisões "numa base de reunião a reunião, com base na totalidade dos dados" de que tem conhecimento e nas suas implicações para as perspetivas da atividade económica e da inflação.
Powell comparece, de seis em seis meses, na Câmara dos Representantes e no Senado, onde apresenta um discurso e responde às questões dos membros eleitos.
A presença do presidente da Fed ocorre uma semana depois da decisão, em 14 de junho, de interromper este mês o aumento das taxas de juro.
Assim, as taxas mantêm-se num intervalo entre 5% e 5,25%, o mais elevado desde 2007, depois de uma série de 10 subidas consecutivas com o objetivo de baixar a inflação.
Na conferência que se seguiu ao anúncio, Powell já tinha admitido a possibilidade de novas subidas, caso fosse necessário.
"Continuamos empenhados em fazer descer a inflação para o nosso objetivo de 2% e em manter as expectativas de inflação a longo prazo bem ancoradas. É provável que a redução da inflação exija um período de crescimento abaixo da tendência e uma certa flexibilização das condições do mercado de trabalho", reconheceu hoje o presidente da Fed.
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