Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,30%, o tecnológico Nasdaq perdeu 1,21% e o alargado S&P500 recuou 0,52%.
Ao discursar durante uma audiência em uma comissão do Congresso dos EUA, o presidente da Fed, Jerome Powell, insistiu que "as tensões inflacionistas continuam a ser elevadas". Na sua opinião, "ainda há caminho a fazer para baixar a inflação para 2%", a meta da Fed.
Indicou ainda que "quase todos" os membros do comité monetário da Fed (FOMC, na sigla em Inglês) "esperam que seja apropriado subir ainda mais a taxa de juro até ao final do ano". Mas Powell relativizou que estas subidas seriam feitas a "um ritmo mais moderado" do que ocorridas durante o ano passado.
A próxima reunião do FOMC está marcada para 25 e 26 de julho.
"O presidente da Fed enviou um forte sinal indicando que o banco central estava inclinado a subir a taxa para travar a inflação", sublinhou Ryan Sweet, analista da Oxford Economics.
"O 'timing' ainda não é claro, pelo que vamos esperar antes de ajustar as nossas previsões", acrescentou, salientando que os sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho podem indicar que a inflação deve moderar-se.
Andrew Johnson, da Interactive Brokers, relativizou a descida dos índices, destacando que depois de um mercado em alta durante várias semanas, "não é anormal nem problemático que se assista à realização de ganhos".
Na sua opinião, "também é importante colocar esta descida em perspetiva: mesmo no mais baixo da sessão, o mercado não entregou o que conseguiu depois da reunião da Fed", onde os investidores reagiram positivamente, satisfeitos com a pausa na subida das taxas, sinalizou.
Para Shaun Osborne, de Scotiabank, Powell "parece sugerir que a Fed não está necessariamente pronto para subir a taxa de juro rapidamente".
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